Pré-candidato Jair Bolsonaro responde a perguntas na sabatina

O deputado federal Jair Bolsonaro foi o quarto entrevistado na sabatina promovida pelo Correio Braziliense e o Sindifisco Nacional que ouvem os pré-candidatos à presidência da Republica. Pré-candidato do PSL, o parlamentar foi o mais votado para a Câmara dos Deputados pelo estado do Rio de Janeiro, com 464.565 votos. Em resposta ao questionamento da vice-presidente do Sindicato, sobre as correções que a entidade julga necessárias à Tabela de IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física), Bolsonaro firmou que, na verdade, o mecanismo utilizado hoje é um redutor de renda e disse ainda que se, eleito, sua ideia é reduzir a tributação e buscar recursos em outras áreas; o turismo seria um das opções.

Embora tenha reconhecido que há distorções na tabela de IR, Bolsonaro disse ser totalmente contrário à tributação de grandes fortunas e heranças e aos lucros de dividendos, pontos que o Sindifisco Nacional discorda prontamente.

Sobre as possíveis dificuldades de governar, se eleito presidente, o pré-candidato não soube responder como lidaria, por exemplo, com a reiterada política de perdão tributário, os chamados Refis. Ele reconheceu que se trata de um ponto nevrálgico, já que muitos dos grandes devedores estão dentro do Congresso Nacional. Sobre este item, ele afirmou que conta com a colaboração de especialistas, como Sindifisco Nacional, para elaboração de propostas.

Ele ainda discorreu sobre a segurança nas Fronteiras, também respondendo indagação do Sindicato, que ressaltou que a RFB (Receita Federal do Brasil), ou seja a inteligência dos sistema tributário, não tem sido chamada a debater junto ao Governo. Jair afirmou que, na verdade, é necessária a utilização do que ele denominou de força bruta, mas afirmou que a inteligência não é menos importante no processo de guardar os 17 mil quilômetros de fronteira.

Sobre o número de desempregados no país, hoje na casa de 28 milhões de cidadãos, Bolsonaro disse, com base no que, segundo ele, tem escutado do empresariado, as pessoas “vão ter de decidir por mais direitos e menos emprego ou emprego e menos direitos”, defendendo que o trabalhador também deve pensar em empreender.

Questionado sobre a política e privatização, o deputado se colocou prontamente favorável, mas não quis citar quais empresas ele privatizaria. Sobre a Reforma da Previdência, Bolsonaro colocou parte da responsabilidade do “déficit” sobre o colo do funcionalismo público.

Entre outros assuntos, o pré-candidato ainda respondeu a perguntas sobre ódio e preconceito, tema que ele considerou secundário; e educação, ciência e tecnologia, além de valores da família. 

Veja abaixo a entrevista exclusiva do pré-candidato à TV Sindifisco:

 

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