Estudo produzido pelo Sindicato continua na mídia
O estudo produzido pelo Sindifisco Nacional que trata sobre a defasagem da correção da Tabela do Imposto de Renda continua sendo destaque na mídia. Nesta terça-feira (11/1), vários veículos de comunicação repercutiram os dados observados pelo Sindicato no que se refere ao descompasso, que deve ultrapassar 70%, em 2011.
No artigo intitulado “Mordida do leão”, o Estado de Minas lembra que a inflação de 2010 superou a meta de 4,5% estabelecida pelo governo, chegando a 5,63%. De acordo com o jornal, esse percentual deveria ter sido aplicado à tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) de 2011, o que automaticamente elevaria as classes de renda, as faixas de isenção e o valor dos descontos.
“Com isso, o Leão engordou injustamente a sua parte, acumulando uma defasagem de 70% nos últimos 16 anos, conforme cálculo do próprio sindicato dos fiscais da Receita Federal. É esse tipo de expediente que explica, em parte, o aumento da carga tributária brasileira nos últimos anos – fechou 2010 com o recorde de 37% do Produto Interno Bruto (PIB). Se a presidente Dilma Rousseff realmente pretende aliviá-la, estimular a produção e apoiar a educação (que permite descontos ínfimos) está na hora de rever essa estratégia. Além de benéfica para a economia, essa é, antes de tudo, uma questão de justiça”, defende a publicação.
Na matéria “Chegou a hora de reunir a papelada”, o mesmo veículo ressalta a importância de o contribuinte organizar a documentação com antecedência, fala das principais mudanças previstas para este ano, como o fim da declaração em papel e o aumento do teto para rendimentos tributáveis – que passou de R$ 17.215,08, em 2010, para R$ 22.487,25.
“A tabela do IR, que desde 2007, é corrigida pela meta oficial de inflação – 4,5% – não teve mudança para este ano. A defasagem superava 64% desde 1995 e deve passar de 70%, segundo cálculos do Sindifisco Nacional”, observa o texto.
O Correio Braziliense, na matéria “Hora de reunir a papelada para o IR” também cita os cálculos divulgados pelo Sindicato e lembra que os contribuintes organizados, que preparam a documentação com antecedência, podem ser os primeiros a receber a restituição. “A estimativa da Receita é receber cerca de 24 milhões de declarações do IR relativas ao exercício de 2010. No ano passado, foram entregues 23,5 milhões de formulários”.
“Por conta da mudança de governo, a presidente eleita Dilma Rousseff ainda não determinou correção da tabela do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), o que faz com que o trabalhador com carteira assinada amargue o pagamento de mais impostos”, destaca o Diário do Grande ABC Online no texto “Sem correção do IR, trabalhador paga mais”.
A reportagem esclarece ainda que, “segundo o estudo desenvolvido pelo Sindifisco, a correção da tabela do IR em 4,5% ao ano não corrige inteiramente a defasagem. Considerado o período 1995 a 2009, o resíduo inflacionário é de 64,10% . De 1995 a 2002, a inflação aumentou 96,55%, enquanto a tabela foi ajustada em 35,59%. Faltaram 44,96 pontos percentuais. De 2002 a 2010, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 57,39%, enquanto a tabela teve reajuste de 39,03%, diferença de 13,21 pontos”, cita o jornal.