Estudo do Sindicato é destaque na Folha de S. Paulo
Na edição desta quinta-feira (6/1), o jornal Folha de São Paulo repercutiu o estudo do Sindifisco Nacional sobre a defasagem da correção da tabela do IR (Imposto de Renda) a partir de 2011. Na matéria intitulada “Defasagem na tabela do IR passa de 70%”, o veículo reforça que, segundo os cálculos do Sindicato, a defasagem existente desde 1995 deve ultrapassar os 70% neste ano.
Segundo a reportagem, a tabela deveria sofrer um reajuste de 71,5% para compensar toda a inflação acumulada entre 1995 e 2011. “Isso significa que os contribuintes têm sido descontados bem acima da reposição dos salários, corrigidos ao menos tendo como base o índice de preços acumulado”, ressalta o texto.
“De acordo com o diretor de Estudos Técnicos do Sindifisco, Luiz Antonio Benedito, esse cálculo leva em conta o centro da meta de inflação no ano, estipulada em 4,5%”, destaca a reportagem. Ainda de acordo com o jornal, “a correção anual da tabela tinha como meta assegurar maior justiça tributária. Ao abandonar essa política, o governo expõe contribuintes a uma sobretaxação e provoca alta na arrecadação do IR”.
“É uma questão de justiça. Se dois estão na mesma faixa de contribuição, mas um é solteiro e outro tem filhos ou pais idosos dependentes que precisam de medicamentos, não têm a mesma capacidade contributiva. Os valores para as deduções são irrisórios”, defendeu Luiz Benedito, ao explicar as possíveis formas de se remodelar as categorias de dedução. No texto, o diretor do Sindicato também lembra que os ganhos de Receita são pequenos ante o prejuízo para os assalariados de menor renda.
“Segundo estudo do Sindicato, a dedução por dependentes, hoje em R$ 1.808,28 ao ano, deveria ter seu valor ampliado para R$ 2.967,39 para corrigir a defasagem pela inflação”, ressalta outro trecho da matéria.
A reportagem toma quase uma página inteira no caderno Mercado e traz também a posição de especialistas e advogados a respeito do tema, gráficos com exemplos de como seria a tabela com uma possível correção, entre outras informações. Ela é concluída com a observação do Sindifisco Nacional de que até as deduções com saúde deveriam passar por uma revisão. “É lógico que sempre há o risco de fraudes, mas não se pode tirar o direito por causa de poucos desonestos", conclui Luiz Benedito.