Depois de dois meses de lançado, estudo do Sindicato continua na mídia

O estudo sobre a defasagem na tabela do IR realizado pelo Sindifisco Nacional completou dois meses de publicação no último dia 9 de janeiro, mas a sua repercussão não perdeu força. Destaque nos mais variados veículos de comunicação, os cálculos do Sindifisco estão sendo usados por especialistas e contribuintes que defendem a correção da tabela em matérias, artigos e até no espaço do leitor de quase todos os veículos de comunicação.

Mais recentemente, na edição de sábado (15/1) dos jornais Diário do Comércio de Minas Gerais e do Correio da Tarde do Rio Grande do Norte a correção da tabela defendida pelo Sindifisco foi citada.

No Diário do Comércio de Minas Gerais, a matéria “Defasagem na tabela do IRPF já chega a 71,5%", informa que a tabela do Imposto de Renda para desconto na fonte da pessoa física para 2011 será a mesma de 2010. “Não houve a atualização em 4,5%, como vinha ocorrendo desde 2005. Com isso, foram mantidas as faixas de recolhimento, o que faz com que a defasagem nos valores chegue a 71,5%, de acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional)”, diz a reportagem.

No trecho seguinte, o jornal divulga a posição do diretor de Estudos Técnicos, Luiz Antonio Benedito. "A falta de correção deve corroer os reajustes ou reposição dos salários por causa da inflação". A matéria também destaca que, de acordo com o estudo do Sindifisco, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 1995 a 2010 somou 209,36%, enquanto a tabela do Imposto de Renda foi corrigida em 88,51%.

A defasagem chegou a 64,10% até o ano passado. Somada a inflação de 2010 – a expectativa é que feche em 5,31% – e a falta de correção para 2011, a diferença sobe para 71,5%. Se fosse feita a correção em 4,5%, a faixa de salário mensal para quem é isento, por exemplo, subiria para R$ 1.566,61. Caso houvesse a reposição de toda a defasagem, o teto para a isenção iria para aproximadamente R$ 2,5 mil.

“O levantamento do Sindifisco mostra que tem renda mensal tributável de R$ 2,5 mil recolhe R$ 101,56 de Imposto de Renda por mês. Com a correção pela inflação, o valor seria R$ 11,26, uma diferença de 801,95%”, explica o jornal.

Já quanto maior o rendimento do contribuinte, menor é a perda com a falta de atualização da tabela. Para aqueles cuja renda tributável é de R$ 100 mil, por exemplo, a diferença é de apenas 1,49%. “Na opinião de Benedito, o impacto nas contas da Receita Federal não justifica a falta de correção da tabela”.

O colunista do Correio da Tarde do Rio Grande do Norte, Moisés Albuquerque, também chama atenção para a defasagem. “Desde 1995, já superava 64%, deve passar de 70%, segundo cálculos do Sindifisco nacional. Isso significa que os contribuintes têm sido descontados bem acima da reposição dos salários. Ou seja, o contribuinte está pagando mais do que deveria”.

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