Informes permitem diagnóstico do movimento em todo país
A reunião do CDS (Conselho de Delegados Sindicais) na terça-feira (7/8) teve continuidade no período da tarde com os informes das DS (Delegacias Sindicais), oportunidade em que os delegados relataram ao plenário como está a mobilização em suas cidades e regiões. Por meio dos depoimentos, foi possível ter um panorama do movimento em todo o país, sobretudo depois da publicação do Decreto 7.777/12 e da Portaria do MF (Ministério da Fazenda) nº 260, editados com a clara intenção de exterminar a mobilização da Classe, que tem buscado, dentro da legalidade, sentar-se à mesa com o Governo Federal e negociar efetivamente.
Apesar da represália da presidente Dilma Rousseff, os delegados foram contundentes ao afirmarem que a mobilização continuará forte, uma vez que a maioria dos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) amarga defasagem salarial.
Segundo relatos, as orientações da DEN (Diretoria Executiva Nacional) e do CNM (Comando Nacional de Mobilização), aprovadas em Assembleia, com a paralisação por um dia fora da repartição na zona secundária e continuidade da mobilização na forma atual, são estratégias acertadas e eficazes.
Os informes demonstraram que as recentes normas do Executivo acirraram ainda mais os ânimos da categoria e trouxeram ainda mais engajamento aos Auditores-Fiscais, especialmente aqueles na zona secundária. Há uma reação em cadeia da entrega dos cargos de chefia que, segundo os delegados, deve aumentar nos próximos dias. A proposta de ampliar o Fundo de Corte de Ponto, citada em muitos dos informes, demonstra que a Classe prosseguirá com a mobilização até que sejam atendidas as reivindicações.
Foi muito comentada a posição de algumas entidades que representam os fiscos estaduais, que, por meio de manifestos, têm demonstrado o quão absurda é a edição do Decreto 7.777/12.
Deliberação – Na noite de terça-feira (7/8), o CDS (Conselho de Delegados Sindicais) aprovou que os Auditores-Fiscais que participarão do Dia de Mobilização fora da repartição não devem assinar a folha de ponto. A orientação foi aprovada com 33 votos favoráveis, 22 contrários e 8 abstenções.