DEN se manifesta em nota contra qualquer tipo de aparelhamento

A DEN (Diretoria Executiva Nacional) enviou ontem (19/1) uma nota  ao Correio Braziliense esclarecendo seu posicionamento sobre o que o Jornal chamou de “aparelhamento” da RFB (Receita Federal do Brasil) em matéria publicada no último domingo (18/1).
Na matéria o Jornal cita que dos 10 atuais superintendentes regionais, sete estão ocupadas por Auditores-Fiscais fortemente ligados a diretorias anteriores do Unafisco ou militantes do PT. “O árduo trabalho feito nos últimos 15 anos para despolitizar o órgão e ocupar os cargos por méritos técnicos foi por água abaixo”, declarou uma das fontes ouvidas pelo Jornal, identificada como um dos nomes forte da administração do ex-secretário da RFB, Jorge Rachid.
Na nota, a DEN explicou que é contra qualquer tipo de aparelhamento, seja político ou burocrático. O Sindicato historicamente se posicionou a favor da lista tríplice para as escolha de administradores. Mas na avaliação da DEN, o método de escolha deve se embasar em critérios transparentes, construídos em conjunto com os representantes da Classe.
Para a Diretoria do Unafisco, não se pode afirmar que o modelo que vigorou nos últimos 15 anos despolitizou a RFB, uma vez que nunca houve o estabelecimento de critérios para a nomeação, a não ser a indicação pessoal, que, por isso mesmo, era orientada pela identificação do ocupante do cargo com as idéias do grupo que comandava a RFB à época, o que não deixa de ser uma forma de politização.
Deve-se acrescentar que o critério pessoal de escolha é, entre todos, o menos democrático e eficaz, por ser baseado em escolhas subjetivas, muitas vezes dissociadas do mérito profissional do escolhido, favorecendo, ainda, a indesejável eternização nos cargos dos detentores de chefia.
“O que está faltando no novo modelo é a garantia de participação da Classe na definição dos critérios de escolha para os cargos de confiança, a fim de livrar o órgão, de uma vez por todas, de qualquer aparelhamento, seja ele político ou burocrático, que atenda ao interesse de grupos de atuação interna ou externa. Assim as funções de confiança poderão ser ocupadas pelos melhores, independente de que grupo eles representem”, argumentou Delarue.
 

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