Imprensa repercute consequências das mobilizações

A imprensa continua a repercutir as consequências das mobilizações do funcionalismo. O Governo não negocia e alega, equivocadamente, um impacto de R$ 90 bilhões para conceder reajuste linear de 22% ao funcionalismo. O Diário do Comércio (SP) de quarta-feira (15/8) divulgou o argumento equivocado da Administração Federal já desmentido pelo Sindifisco Nacional.

Além de cálculos equivocados, o Governo tem protelado indefinidamente a negociação com os servidores. O Diário do Nordeste (CE) de quarta-feira ressalta que “o Ministério do Planejamento adiou para sexta-feira uma contraproposta às reivindicações. Servidores de mais de 30 órgãos federais protestaram”, diz o texto, que também destaca os prejuízos provocados pela falta de atenção do Executivo com o funcionalismo. “A greve dos servidores federais ligados ao comércio exterior – Ministério da Agricultura, Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – traz consequências graves para o País, entre elas, prejuízos financeiros diários de US$ 12 milhões". Ainda de acordo com o Diário do Nordeste, cerca de 150 navios estão parados nos portos.

O Bom Dia Brasil também falou dos prejuízos causados pela mobilização dos Auditores e da Anvisa em matéria intitulada "Greve de servidores públicos pode prejudicar realização de exames médicos", mas cometeu um equívoco ao atribuir à Receita a não liberação de kits e reagentes utilizados em exames médicos.

O Sindifisco Nacional esclarece que os Auditores que desenvolvem o trabalho nas alfândegas, durante paralisações pontuais do desembaraço aduaneiro, atuam no sentido de liberar normalmente medicamentos, perecíveis, consumo de bordo e cargas consideradas emergenciais, como, no caso, kits de reagentes para exames laboratoriais.

O presidente do Sindifisco Nacional e coordenador da UCE, Pedro Delarue, tem reiterado que prejuízos como o de R$ 12 milhões por dia, conforme divulgou o Jornal do Commercio (RJ) da quarta-feira (15/8), são resultantes dessa falta de negociação. 

“Não vamos normalizar os trabalhos enquanto não conseguirmos a reposição das perdas salariais”, disse ele, em coletiva de imprensa, na terça-feira (14/8), em Brasília, repercutida pelo Jornal de Brasília.

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