Imprensa está de olho na defasagem da tabela de IR
A estimativa do Sindifisco Nacional de que a defasagem da tabela de Imposto de Renda pode chegar a 75% até o fim de 2015 explodiu na mídia, que tem divulgado diariamente estudo do Sindicato que demonstra o quanto a correção inadequada tem prejudicado aqueles que não têm capacidade contributiva. Na segunda-feira (19/01), o site Terra reproduziu matéria da Agência Brasil com os dados pesquisados pela entidade.
Para chegar à avaliação, o Sindicato levou em consideração o IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo) em 6,79% e a não correção da tabela. A matéria esclarece que, segundo “análise do Sindifisco, com o IPCA de 2014 em 6,41%, a defasagem da tabela acumulada desde 1996 chega a 64,28%. Se utilizados o índice oficial de inflação e reajustes salariais que ultrapassam os 8% muitos contribuintes passaram a descontar IRPF ou mudaram de faixa de alíquota, pagando mais impostos”.
Desde 2013, o Sindifisco Nacional defende, por meio da campanha Imposto Justo, que a correção da tabela de Imposto de Renda seja atrelada à evolução de renda do trabalhador mais a inflação. O texto completo você confere aqui.
TV – Na última sexta-feira, dia 16, o segundo vice-presidente do Sindicato Mário Pinho, concedeu entrevista sobre a defasagem da tabela do IR ao Jornal CNT, que foi ao ar no mesmo dia, às 22h30.
A matéria mostrou que, hoje, quem ganha mais de R$ 1. 787,77 mensais não tem como se livrar do Imposto de Renda e explicou que o limite de isenção poderia ser bem maior. De acordo com o Sindicato, se as distorções fossem corrigidas, hoje só pagaria imposto a pessoa que ganhasse mais de R$ 2,9 mil.
O texto é claro e revela que a realidade continuará perversa, pois o Governo já sinalizou que deve vetar o índice de correção aprovado pelo Congresso Nacional de 6,5%, que daria uma leve diminuída na defasagem.
O Sindifisco Nacional critica a medida e alerta que a iniciativa é uma forma de aumentar a arrecadação, onerando o mais pobre. “É injusto punir os que ganham menos. Existem outras formas de aumentar a arrecadação, que não esta”, disse Mário Pinho à TV.