Arrecadação tem recorde histórico no mês de junho

A arrecadação dos tributos federais e das contribuições previdenciárias bateu novo recorde no mês de junho. Os números somaram R$ 82,7 bilhões no mês passado, um crescimento real de 13,26% em comparação com o mesmo período de 2010. O anúncio foi pelo secretário da Receita Federal do Brasil, Auditor-Fiscal Carlos Alberto Barreto, em coletiva à imprensa, na manhã de terça-feira (19/7), em Brasília (DF). 

De acordo com o secretário, o resultado se deve ao fato de, em junho, ter ocorrido a consolidação de dívidas do chamado Refis da Crise instituído pela Lei 11.947/2009, para ajudar as empresas brasileiras ante a crise financeira internacional. Enquanto em junho de 2010 a Receita arrecadou R$ 615 milhões com o programa de refinanciamento, no mês passado o valor chegou a R$ 6,757 bilhões.

“A redução das penalidades induziu as empresas a liquidarem seus débitos. No entanto, sabemos que foi uma minoria de contribuintes, não foi um porcentual elevado", destacou o secretário. Barreto ressaltou ainda que as empresas do primeiro bloco de consolidação, ocorrida em junho, são aquelas de maior porte, por isso, a Receita não espera este mesmo movimento no segundo bloco de empresas que está efetuando a consolidação dos débitos. “A expectativa não nos leva a fazer o mesmo raciocínio para o próximo mês, pois as empresas que estão consolidando os parcelamentos são empresas de menor porte”, explicou.

Também contribuíram para o recorde na arrecadação, o comportamento de indicadores macroeconômicos, como a produção industrial, o volume geral de vendas e a massa salarial. A produção industrial, por exemplo, cresceu 1,91% no primeiro semestre do ano, enquanto o volume geral de vendas subiu 13,3% e a massa salarial, 15,47%. Entre as receitas administradas pela RFB, a Receita Previdenciária apresentou variação real, descontada a inflação, de 9,73% no mês de junho. 

1º semestre – No primeiro semestre do ano, a arrecadação total de impostos e contribuições federais acumulou em termos nominais R$ 482,610 bilhões, o que representa um crescimento real de 12,68%, em comparação ao mesmo período do ano passado.

A previsão é de que o  crescimento da arrecadação em 2011 alcance entre 10% e 10,5%. De acordo com secretário da RFB,  apesar do ligeiro aumento da previsão, o crescimento da arrecadação está compatível com os resultados apresentados pelos principais indicadores econômicos. 

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