Centrais Sindicais reforçam cobrança do Sindifisco Nacional sobre tabela

O alerta do Sindifisco Nacional acerca da defasagem da tabela do IR (Imposto de Renda), em virtude do fim da correção da tabela do imposto em 2011, provocou a reação das centrais sindicais.

De acordo com notícia publicada na edição desta sexta-feira (19/11) do jornal carioca O Globo, as entidades representativas dos trabalhadores apresentaram na quinta-feira (18/11) ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reivindicação pela correção da tabela do IR, durante reunião acerca da correção do salário mínimo em São Paulo. Na avaliação das centrais, sem esse ajuste, trabalhadores com aumento salarial entre 8% e 11% este ano perderão o ganho.

“Pelo menos 29 milhões de trabalhadores ganham até três salários mínimos. Então, uma boa parte disso vai perder o aumento que foi conquistado nas negociações. Precisamos pensar num número que corresponda à nova realidade da inflação”, argumentou o representante da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, em entrevista ao jornal.

“Mesmo com as correções de 2007 a 2010, a defasagem da tabela ainda está em nada menos que 64,1% frente a 1995, segundo cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco Nacional). Essa defasagem faz com que o contribuinte pague até 800% a mais de imposto do que pagaria caso a tabela tivesse sido integralmente corrigida desde 1995, calcula o Sindifisco. E, se a tabela não for corrigida em 2011, o IR a pagar será ainda maior”, destacou a reportagem.

Segundo o jornal, ao fim do encontro, Paulo Bernardo e o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gavas, comprometeram-se a retomar a discussão do tema nos próximos encontros que terão com as centrais sindicais.

O estudo feito pelo Sindifisco Nacional sobre a defasagem da tabela já repercutiu em vários veículos de comunicação como o portal de notícias G1, Uol e Bol e os jornais Valor Econômico, DCI e Jornal de Brasília.

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