Impacto de revisão salarial será pequeno, destaca Valor Econômico

A edição do jornal Valor Econômico de quinta-feira (21/6) publicou texto do jornalista Ribamar Oliveira sobre o impacto das revisões salariais para os cofres da União. A matéria, intitulada “Impacto de revisão salarial será pequeno”, aponta que a concessão de reajustes para os servidores públicos não acarretará problemas financeiros para o país.

De acordo com o jornalista, em comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), no Governo do PT, o gasto com pessoal atingiu o seu pico em 2009, quando correspondeu a 4,74%. De lá pra cá, os números caíram, isto é, a máquina pública ficou cada vez mais barata para o Estado. Em 2010, a despesa foi reduzida para 4,66% e, no ano passado, ficou em 4,38%.

“Para este ano, a última previsão do governo é que o gasto fique em R$ 187,6 bilhões, o que corresponderia a 4,1% do PIB. Nesse período, portanto, a despesa com o pagamento de pessoal ativo e inativo cresceu menos do que o PIB, mesmo com todos os reajustes que foram concedidos nos últimos anos do Governo Lula”, destaca o texto.

Segundo a publicação, “se o governo mantiver o gasto com pessoal em 2013 no mesmo patamar deste ano, ou seja, em 4,1% do PIB, ele terá um espaço fiscal de cerca de R$ 20 bilhões para aumentos salariais dos servidores, desde que a economia cresça no próximo ano de 4% a 4,5%, como prevê o Banco Central”. Portanto, a perspectiva fiscal está longe de ser preocupante.

Ribamar também traça um panorama das manifestações dos servidores públicos na luta por reajustes salariais, ocorridas nos dois últimos anos. O jornalista alerta para o que a presidente Dilma Rousseff poderá enfrentar em função das mobilizações dos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) e demais carreiras típicas de Estado e reforça que todos os servidores protestam contra o que chamam de congelamento dos salários, promovido pelo atual Governo.

A DEN (Diretoria Executiva Nacional) entende que a análise publicada pelo jornal Valor Econômico demonstra que os formadores de opinião estão compreendendo o que os Auditores-Fiscais há muito têm dito: é mais barato e interessante para o Governo promover reajustes anuais – como previsto na Constituição – que radicalizar as negociações e chamar as categorias para o enfrentamento. Vale destacar que, apesar do discurso de crise internacional adotado pela Presidência da República, há espaço fiscal suficiente (como mostra o jornal) para promover o ajuste.

Os números comprovam que só para manter o gasto com pessoal no patamar em que está, o menor dos últimos anos, o Governo terá de reajustar os salários do funcionalismo em R$ 20 bilhões. O Sindifisco alerta que a radicalização promovida pelo Governo é altamente prejudicial à sociedade e indubitavelmente desnecessária, como se pode constatar em qualquer análise das contas públicas.

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