Governo também não apresenta proposta ao Fórum das Entidades

Mais uma vez, as entidades que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais saíram insatisfeitas da reunião com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que afirmou ainda não ter uma contraproposta à pauta reivindicatória das categorias na reunião da sexta-feira (1º/6).

“Não estamos conseguindo antecipar o prazo de 31 de julho para apresentar a resposta do Governo. Estamos avaliando a possibilidade de incrementar os benefícios ainda em 2012, mas o Governo está preocupado com a crise internacional, por isso, é preciso cautela”, disse o secretário. “A crise deveria ser uma oportunidade para fortalecer o serviço público e a economia interna", rebateu o diretor de Finanças do Sindifisco Nacional, Mário Pereira de Pinho Filho.

O diretor ressaltou ainda que, apesar do cenário econômico atual e da demora do Governo em apresentar uma resposta às demandas da categoria, a Classe continua garantindo resultados que dão margem para as medidas anticrise. “Os Auditores continuam gerando recordes de arrecadação para sustentar as desonerações do Governo na folha de salário, de IPI e outras medidas”, observou Mário Pinho.

O sindicalista ainda observou que o prazo de 31 de julho, cristalizado pelo Governo, está empurrando o país para uma greve de grandes proporções. E informou o secretário sobre o calendário do Sindifisco Nacional que, de acordo com a Assembleia mais recente, já aprovou uma paralisação por tempo indeterminado a partir de 18 de junho, caso o Governo não apresente uma proposta.

Mário Filho destacou também que uma nova reunião só seja marcada com as entidades quando houver proposta concreta, a fim de evitar desgastes ainda maiores, uma vez que os ânimos já estão bem acirrados. A última reunião com o Fórum foi no dia 16 de maio e, 16 dias depois, o Governo nada apresentou.

O secretário Sérgio Mendonça apenas informou que o debate interno está avançando.

Sem perspectivas, o Fórum das entidades deixou o secretário ciente das plenárias e assembleias que vão decidir pela greve no serviço público, nos próximos 15 dias. Uma delas já está instalada e ganha corpo a cada dia, a dos professores, na qual mais da metade da categoria já aderiu, paralisando os trabalhos em 44 instituições de ensino das várias regiões do país.

Na avaliação da DEN (Diretoria Executiva Nacional), a situação é lastimável. Embora, a categoria dos Auditores não queira confronto, o Governo os está obrigando a isso. Assim como fez com o Fórum, na sexta (1/6), o Governo também nada apresentou de concreto à mesa setorial da qual o Sindifisco faz parte.

A última reunião foi no dia 11 de maio, quando o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, também pediu ao secretário que só os chamasse novamente quando tivesse uma proposta concreta. A Diretoria espera que isso aconteça antes do dia 18 de junho, caso contrário, a Classe já decidiu que vai parar por tempo indeterminado.

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