Como antecipado pela DEN, Governo segue roteiro e adia reunião

Seguindo o roteiro já antecipado pela DEN (Diretoria Executiva Nacional), o Governo não apresentará uma proposta às reivindicações dos trabalhadores do setor público nesta terça-feira (31/7), como vinha prometendo há meses. Ofício assinado pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, informa que nas próximas semanas o órgão realizará reuniões internas “com vistas a construir soluções para o processo negocial”. Resta saber o que a equipe do secretário vinha fazendo até agora.

Ainda de acordo com o ofício, serão agendadas reuniões com as entidades sindicais entre os dias 13 e 17 de agosto, ou seja, bem próximo ao fim do prazo para a inclusão de reajustes salariais na LOA (Lei Orçamentária Anual), dia 31 de agosto.

Na avaliação da DEN, o Governo está acreditando que conseguirá repetir o estratagema utilizado em 2011 e fazer com que os Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) e demais servidores posterguem suas reivindicações para 2013. Logo, não há que se esperar resultados dessas reuniões previstas para o mês de agosto.

Se o Executivo continuar seguindo o roteiro antecipado pela Diretoria do Sindifisco Nacional, essas reuniões não trarão resultados efetivos. Só no fim do mês agosto deve ser apresentada alguma proposta, sem que haja (na visão equivocada do Governo) tempo hábil para a apresentação de contrapropostas.

Vale ressaltar que os Auditores-Fiscais não trabalham com datas. Só uma resposta positiva aos pleitos da categoria restabelecerá o funcionamento normal na RFB.

Em vez de negociar, o Governo vem dando repetidas demonstrações de desrespeito aos Auditores. Depois de um ano e meio de tentativas frustradas de se debater a pauta reivindicatória, o Executivo lança mão de atos arbitrários e ilegais como o Decreto 7.777/12 e a Portaria MF (Ministério da Fazenda) nº 260 para tentar coagir a Classe. E agora, mais uma vez usa artifícios infantis para não dialogar.

No que depender dos Auditores-Fiscais, a estratégia do Governo não vai funcionar. A Classe deve dar uma resposta à falta de compromisso do Executivo com os ocupantes do núcleo estratégico do Estado, acirrando as operações padrão e crédito zero e participando em massa do Dia de Protesto Fora da Repartição, que será colocado em discussão na Assembleia Nacional desta quarta-feira (1º/8).

Os Auditores-Fiscais já estão juntando recursos no Fundo do Corte do Ponto para se precaver caso seja necessário. Esse filme a Classe já conhece e está disposta a ir às últimas consequências para mudar o final.

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