Governo mobiliza base por orçamento sem alterações

 

O Orçamento Federal para 2012 não terá previsão de reajuste para carreiras de nenhum dos três poderes. Esta foi a informação que o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), passou para os representantes das entidades que integram a Campanha Salarial Unificada em reunião na terça-feira (20/12), em Brasília (DF). O diretor de Comunicação do Sindifisco Nacional, Rafael Pillar, participou da discussão.

O líder do PMDB foi um dos defensores do reajuste para os trabalhadores do Judiciário. Diante disso, os representantes das carreiras típicas de Estado procuraram o parlamentar a fim de reforçar a justiça de se conceder reajuste também para as chamadas “carreiras de gestão” do Executivo sob de pena de reforçar o fosso remuneratório entre os dois poderes. Os representantes das carreiras típicas destacaram que o movimento defende a equivalência, assim como ocorre com deputados e senadores em relação aos ministros do Judiciário.

No entanto, Alves afirmou que o governo não está disposto a negociar o orçamento. Segundo ele, caso algum parlamentar ameace os planos do governo, a ordem do Palácio do Planalto é não votar o orçamento, o que iria contrariar os interesses dos deputados que dependem dessa votação para a aprovação de suas emendas. “Estava nesta briga sozinho. Mas tive que me retirar. Não posso enfrentar o governo sozinho”, afirmou o líder do PMDB.

Apesar da informação negativa, Alves concordou com os argumentos apresentados pelos representantes das carreiras típicas e solicitou uma nova reunião com o grupo para março, visando a conhecer a fundo os dados técnicos sobre a equiparação pleiteada pelas carreiras de gestão.

Conteúdos Relacionados