Em artigo, Damasceno critica Governo por despreparo para 2015
“Há pelo menos três anos, o Palácio do Planalto tem a mais absoluta consciência de que negociaria com o funcionalismo federal uma melhoria salarial, independentemente de crise econômica, ajuste fiscal ou qualquer outro fator supostamente impeditivo. Só que, imprudentemente, não se preparou para esse momento”. A afirmativa está no artigo do presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, publicado no portal Fato Online, na segunda-feira (15/6).
O texto faz um retrospecto das negociações ocorridas em 2012, quando o Governo deixou como única alternativa aos servidores públicos o reajuste de 18,5% em três vezes até 2015. O artigo destaca que o cenário político à época era favorável à presidente Dilma Rousseff, que desfrutava de altos índices de popularidade e “surfava na crista da onda da gerente competente e rigorosa” que tinha a seu lado uma equipe econômica que se apresentava como desenvolvimentista, embora ignorasse “os ditames econômicos que a prudência indica serem saudáveis para as contas públicas”.
Ponto a ponto, Damasceno relembra em seu texto que os Auditores Fiscais deixaram claro que um partido "dos trabalhadores" devia e deve impor a premissa que o empregado satisfeito é sempre mais produtivo. Muitos erros foram cometidos nesses três anos – falhas que os Auditores Fiscais apontaram ao Governo como estratégia que certamente falharia e traria danos aos cofres públicos. Um exemplo claro foi a desoneração da folha de pagamento, cujos prejuízos são duramente demonstrados agora ao Palácio do Planalto.
Agora, o Governo corre atrás do prejuízo que causou ao país, mas outra vez, tenta fazer com que servidores públicos assumam parte dos erros por ele cometido, como fica evidente no discurso de que todos estão chamados a dar sua cota de contribuição para tirar o país da crise.
O artigo bate na tecla de que – “O Governo Federal sabia que 2015 chegaria”. Sabia também que o funcionalismo público colocaria o bloco na rua em busca de valorização, mas não se preparou para isso. A grande diferença, agora, é que o Governo já não tem mais a popularidade de ontem, como explicita o texto, confira!!!