Orientação da UCE para rejeitar proposta do Governo tem repercussão na mídia
A orientação da UCE (União das Carreiras de Estado) para que as entidades a ela vinculadas rejeitem a proposta do Governo de reajuste salarial de 15,8%, divididos em três anos, foi repercutida no site G1 na segunda-feira (20/8).
“A UCE informou que decidiu por unanimidade encaminhar pela rejeição da proposta do governo porque a oferta é insuficiente e sequer atende à reposição das perdas inflacionárias”, diz a matéria do G1.
O texto destaca, ainda, a avaliação do coordenador da UCE e presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, sobre o índice de reajuste. “A proposta de 5% a cada ano, a partir de 2013 até 2015, faz que com que se abra mão da inflação passada”, protestou Delarue.
De acordo com a matéria, a reposição da inflação passada para os Auditores geraria impacto na folha de pagamento da União de, no máximo, R$ 9 bilhões nos próximos três anos. Nesse ponto, cabe esclarecer um pequeno equívoco da jornalista que entendeu o impacto como sendo só para os Auditores, quando, na verdade, o montante se refere à correção para o conjunto dos servidores federais do Executivo, com exceção de professores e militares – que estão em negociações separadas.
Ainda segundo Delarue na reportagem, essa cifra poderia ser facilmente arrecadada pela Receita por meio de fiscalização. "O governo pode escolher entre uma Receita Federal motivada e arrecadando ou uma Receita desmotivada para fazer seu trabalho bem feito”, afirmou o coordenador da UCE e presidente do Sindifisco.
A matéria do G1 ressalta ainda que a pressa do Governo em negociar está relacionada ao dia 31 de agosto, prazo para a inclusão de reajustes com pessoal e envio, ao Congresso, do Projeto de Lei Orçamentária de 2013.
Mas os Auditores não trabalham com datas para encerrar a mobilização. “Para o Sindifisco Nacional, só existiu um prazo, 30 de maio. Como o Governo ignorou a data, agora os Auditores só voltarão a desempenhar suas atribuições com a excelência que a sociedade está acostumada, e merece, quando a Classe receber a devida contrapartida”, diz trecho de editorial publicado no site do Sindifisco Nacional em 13 de julho.