Fiesp procura Sindifisco e RFB para tratar dos reflexos da operação-padrão

Os impactos da operação-padrão deflagrada pelos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) no dia 18 de junho foi tema de reunião entre representantes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o superintendente da 8ª RF (Região Fiscal), Auditor-Fiscal José Guilherme de Vasconcelos, no dia 7 de agosto. 

Na ocasião, os representantes da Fiesp relataram os transtornos sofridos pelos associados e solicitaram a interferência do superintendente no sentido de destravar os processos de importação. Em resposta, Vasconcelos se comprometeu, diz nota divulgada pela Federação, a tentar agilizar a análise e a liberação de processos informados pela entidade.

Diante da resposta da RFB, a Fiesp está solicitando que as empresas manifestem a necessidade de intervenção do administrador para liberação de suas cargas.

A DEN (Diretoria Executiva Nacional) vê com preocupação a solução oferecida pelo superintendente da 8ª RF. A intervenção em processos específicos pode gerar uma interpretação de favorecimento de algumas empresas em detrimento de outras, o que não é uma postura republicana.

Para o Sindifisco, muito mais coerente seria a postura assumida pelo presidente da DS (Delegacia Sindical) São Paulo, Rubens Nakano, que também foi procurado por um representante da entidade. Na ocasião, Nakano explicou que os Auditores-Fiscais não têm reposição salarial desde 2008 e que a operação-padrão foi uma reação às tentativas frustradas de abrir o canal de negociação com o Governo em reuniões infrutíferas que se arrastaram ao longo de um ano e meio.

Face às explicações do presidente da DS, o representante da Fiesp se comprometeu a articular um influente associado da entidade como interlocutor dos Auditores junto ao Executivo, com o intuito de sanar o impasse, colocando um ponto final na operação-padrão e, consequentemente, em seus impactos para todo comércio exterior.

Enfim, a DEN entende que não há que se procurar soluções para esta ou aquela empresa, mas uma resposta definitiva ao problema, por meio de uma negociação efetiva do Governo à pauta apresentada pela Classe.

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