EUA põe em pauta aumento da taxação de milionários

Justiça tributária ainda é um desafio a ser vencido em várias partes do mundo, o Brasil e os EUA são bons exemplos disso. A diferença entre os dois países é que na terra do Tio Sam, uma distribuição mais justa dos tributos foi proposta recentemente pelo seu presidente, Barack Obama, enquanto que no Brasil o assunto vem sendo sistematicamente sobrestado.

Em plena campanha à reeleição, Obama apresentou uma proposta de tributação de pelo menos 30% para os milionários, num dispositivo que recebeu o nome do megainvestidor Warren Buffett.

A maior taxação de milionários sempre foi rejeitada pelo partido Republicano. O Congresso norte-americano tem poderes para ignorar o plano e aprovar proposta própria. De acordo com a imprensa internacional, os republicanos, que controlam a Câmara dos Deputados, deixaram claro que o projeto será derrubado. Ao que tudo indica o assunto será foco de uma batalha eleitoral no que diz respeito a impostos, gastos e tamanho do governo.

Para a DEN (Diretoria Executiva Nacional), o Governo brasileiro deve se espelhar no exemplo dos EUA e, de forma corajosa, abordar a questão da justiça tributária, promovendo uma real reforma que proporcione uma arrecadação mais igualitária, sem privilégios para os detentores do capital.

A realidade norte-americana traz à tona um questionamento: qual seria o comportamento do congresso brasileiro caso a discussão acerca de um aumento dos impostos sobre o patrimônio e a renda dos milionários fosse efetivamente apresentada? Muito provavelmente, seria derrubada, a exemplo do que está previsto acontecer nos EUA.

Diante dessa perspectiva, o Sindifisco Nacional considera vital conscientizar a população sobre a injustiça que vem sendo cometida ano após ano e desmistificar a falácia de que uma reforma tributária implicaria necessariamente mais impostos para todos os segmentos da sociedade.

Um estudo produzido pelo Sindifisco já comprovou que uma tributação mais justa é possível, tirando o foco da produção e do consumo. O que não é justo é que os milionários brasileiros continuem pagando entre 15% e 16% de impostos, enquanto que a massa assalariada arca com até 27,5%.

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