Estudo sobre a defasagem da tabela do IR é destaque na GloboNews

O estudo realizado pela Diretoria de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional sobre a defasagem da tabela do Imposto de Renda foi destaque nesta quinta-feira (21) na GloboNews. Com foco no aumento expressivo da porcentagem de defasagem apenas este ano, a reportagem entrevistou o 1º vice-presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Tiago Barbosa, que explicou como a falta de correção corrói a renda dos mais pobres.
De 1996 até 2022, essa defasagem chegou a quase 150%. A última correção foi realizada em 2015, quando quem era isento ganhava até R$ 1.903,00 – o equivalente, na época, a dois salários mínimos e meio. Hoje esse valor equivale a um salário e meio. Caso não haja reajuste, em pouco tempo a isenção vai alcançar quem ganha aproximadamente um salário.
A reportagem mostra ainda que, de 2019 a junho de 2022, período do governo Bolsonaro, a defasagem alcançou o percentual de 26,5%. Na matéria, foi utilizada uma tabela elaborada pelo Sindifisco Nacional para mostrar o ritmo da defasagem desde 1996, época do governo Fernando Henrique Cardoso, até os dias atuais. A repórter apontou ainda que quem ganha até R$ 5 mil paga em média R$ 505,00 de IR. Se fosse feita a correção da tabela de acordo com a inflação, essa mesma pessoa pagaria R$ 24,73. Uma diferença de 2.000%.
“O que houve no Brasil, nos últimos anos, foi uma desestruturação dos órgãos de controle, que contribuem para que seja feita uma tributação qualificada em cima daquelas rendas mais altas, em cima de quem tem capacidade contributiva. Só que não existe sociedade sem tributação, o tributo é o preço da cidadania. E o que acabou acontecendo, como houve essa desestruturação da fiscalização das grandes rendas, é que a tributação acabou se concentrando nas camadas mais pobres da população brasileira. Essa é a realidade que a gente está vivendo hoje”, explicou Tiago Barbosa.
Veja a matéria na íntegra neste link.