Estudo do Sindifisco sobre tabela do IR é citado em plenário
O estudo do Sindifisco Nacional sobre a defasagem da correção da tabela do Imposto de Renda foi destaque em discursos no Senado Federal recentemente. A senadora Ana Amélia (PP-RS), no dia 18 de fevereiro, questionou, em plenário, a decisão do Governo Federal de reajustar a tabela em percentuais abaixo do índice da inflação. "Vale lembrar que o Imposto de Renda, cuja defasagem na correção da tabela alcança 65%, conforme dados do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal está, até o momento, sem reajustes compatíveis com a realidade dos preços no Brasil", disse a senadora.
Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff vetou a MP (Medida Provisória) 656, que previa uma correção de 6,5% nas faixas do imposto. Até a publicação desta matéria, o Palácio do Planalto ainda não havia se pronunciado quanto ao índice de 2015.
Outros senadores também citaram a necessidade de correção da tabela do IR. O senador Reguffe (PDT-DF) defendeu que o Congresso anule o veto do Governo Federal ao reajuste de 6,5% proposto pelos parlamentares. Reguffe lembrou que há 20 anos a tabela do imposto de renda vem sendo corrigida com defasagem e que o prejuízo no bolso do contribuinte tem aumentado nos últimos quatro anos. "O brasileiro que faz as suas compras todos os dias sente nas ruas uma inflação ainda maior do que a inflação colocada pelos números oficiais", disse Reguffe.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) defende a correção da tabela. A parlamentar acredita que, aliado a isso, o Senado deve discutir ajustes no ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias). "… sob a guarda de que os estados têm autonomia para discutir e para decidir suas tarifas, nós chegamos ao absurdo de ter tarifas de ICMS de mais de 45%. Isso é um escândalo, e quem paga esse imposto é o pobre, porque imposto de renda tem uma faixa da população que não tem incidência", avalia a senadora petista.
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