Estudo do Sindifisco Nacional sobre a defasagem da tabela do IR é tema de reportagem do Jornal Nacional

O estudo do Sindifisco Nacional sobre a defasagem da tabela do Imposto de Renda foi tema de uma reportagem exibida pelo Jornal Nacional na última terça-feira (19). Realizado pela Diretoria de Estudos Técnicos, o estudo mostra que a falta de reajuste aliada à inflação tem prejudicado sobretudo as famílias com renda mais baixa. O 1º vice-presidente da entidade, Auditor-Fiscal Tiago Barbosa de Paiva Almeida, foi entrevistado pela reportagem.

Segundo o estudo, de 1996 até junho de 2022, a tabela do Imposto de Renda acumulou uma defasagem de 147,37%. Caso a tabela fosse reajustada pela inflação, a faixa de isenção, que hoje é de R$ 1.903,98, subiria para R$ 4.670,23. Isso beneficiaria cerca de 12 milhões de pessoas, que deixariam de pagar o imposto, totalizando 24 milhões de isentos. Não há reajuste da tabela progressiva desde 2015. E de 2018 para cá, a defasagem é de 26,5%.

“O efeito da não correção da tabela do Imposto de Renda é muito menor para quem ganha mais, para quem está nas faixas superiores, do que para quem ganha menos. Porque quem ganha menos estava fora da faixa de tributação, passa a estar na faixa de tributação, e já conta com menos recursos, de modo geral”, explica Tiago Almeida. Sem a correção, a faixa de isenção do IR vai se aproximar cada vez mais do salário mínimo. “Quem arca com o ônus da tributação hoje no Brasil são os cidadãos que têm a renda mais baixa”, conclui.

Veja aqui a reportagem na íntegra.

Conteúdos Relacionados