Entidades pressionam e governo fecha proposta de reajuste salarial em 9%

O Sindifisco Nacional participou, na tarde desta sexta-feira (10), da 3ª Reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, realizada no Auditório do Ministério do Trabalho, com o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Sérgio Mendonça. Após uma tarde inteira de discussões, o governo fechou em 9% a proposta de reajuste salarial para os servidores públicos federais, a partir de maio, além do acréscimo de R$ 200 no auxílio-alimentação. A proposta será formalizada na próxima segunda-feira (13) e, a partir desta formalização, o Sindifisco Nacional vai convocar uma Assembleia Nacional para que a categoria possa deliberar sobre o tema.

A primeira rodada de negociação ocorreu em 16 fevereiro, quando o governo apresentou a proposta de 7,8%, rejeitada pelas entidades, que levaram à mesa a contraproposta de 13,5% na segunda reunião, ocorrida em 28 de fevereiro. O governo abriu a reunião desta sexta-feira (10) com uma nova proposta, desta vez de 8,4%, considerada frustrante pelos representantes dos servidores, que estão com salários congelados desde 2016 e já sofreram perdas de 37% acumuladas pela inflação. Eles também cobraram o atendimento de reivindicações não remuneratórias, como a formação de mesas setoriais, um “revogaço” de medidas que prejudicam os servidores e a retirada da PEC 32 (Reforma Administrativa) do Congresso, entre outros pontos.

Sérgio Mendonça informou que o governo trabalha com o limite orçamentário de R$ 11,2 bilhões e que o objetivo seria fechar o acordo emergencial “o mais rapidamente possível”. A proposta seria apresentada inicialmente na sexta-feira (3), mas a reunião, adiada para terça-feira (7), foi novamente cancelada. Diante do atraso, as entidades se mobilizaram durante a semana para pressionar o governo a agilizar a negociação.

Participaram da reunião nesta sexta (13) representantes do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), entre outras entidades. A Direção Nacional foi representada pelos Auditores-Fiscais Isac Falcão, presidente; e Floriano de Sá Neto, diretor de Assuntos Parlamentares. O Auditor-Fiscal Roberto Bueno representou o Conselho de Delegados Sindicais (CDS).

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