Entidades definem novas estratégias de mobilização

 

Nem as constantes negativas do governo de conceder reajuste aos servidores públicos nos próximos anos são capazes de desanimar as carreiras integrantes da Campanha Salarial conjunta, que se reuniram terça-feira (8/11) para definir novas estratégias de mobilização.

Pelo Sindifisco Nacional, participaram o diretor-adjunto de Administração, Eduardo Tanaka, e o diretor de Relações Internacionais, João Cunha, ambos representantes do CNM (Comissão Nacional de Mobilização) do Sindicato. Também esteve presente o Auditor-Fiscal Adilson Matos (BA), integrante do CNM e representante da 5º RF (Região Fiscal).

Os dirigentes das entidades fizeram uma breve avaliação do II Dia Nacional de Mobilização Unificada, realizado no dia 26 de outubro, e da reunião com o relator-geral da proposta orçamentária da União para 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), ocorrida na segunda-feira (7/11). No encontro, que contou com a presença do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, o deputado afirmou que só pode trabalhar o pleito dos representantes da Campanha Salarial Conjunta se a alteração chegar ao Congresso Nacional por meio de um projeto de lei do Executivo.

A posição do relator-geral do orçamento representou um recuo do que ele mesmo havia afirmado dias antes, que existiam espaços no orçamento para o reajuste. Na época, Chinaglia chegou a orientar as entidades a reforçarem os contatos com os líderes de bancada do governo, tendo em vista que, segundo o parlamentar, as propostas de reajuste deviam partir dos relatores setoriais.

Como forma de buscar a inclusão do reajuste dos servidores no orçamento do próximo ano, na quinta-feira (10/11), as entidades terão encontro com o deputado Gilmar Machado (PT/MG), a quem vão entregar o texto da proposta de emenda e solicitar apoio nas demandas das carreiras. Gilmar Machado é vice-líder do governo no Congresso e membro da Comissão de Orçamento. A reunião será às 12h30.

Na opinião de Eduardo Tanaka, este é o momento de fortalecer a mobilização com ações conjuntas em várias partes do país. “É preciso intensificar a participação das carreiras com ações em locais estratégicos como os portos e aeroportos de todo o Brasil, difundindo a mobilização em outros Estados e não somente em Brasília”, sugeriu o diretor.

A sugestão de Tanaka foi reforçada pelo diretor João Cunha, que falou da importância de as entidades sinalizarem para o governo a indignação da Classe com as recentes negativas. “Devemos mostrar para o governo que não aceitaremos um ‘não’ como resposta e vamos exigir uma proposta. Para isso, é preciso mostrar a força da Campanha Conjunta. Assim, o governo certamente terá um olhar diferente para as nossas reivindicações”, afirmou.

Durante a reunião, os diretores fizeram uma apresentação do Comando de Mobilização do Sindifisco, previsto no art. 73 e art. 74 do Estatuto do Sindicato. O objetivo foi o de explicar como é feita a organização do Comando Nacional de Mobilização e, ao mesmo tempo, de apresentar o modelo de organização dos comandos de mobilização do Sindicato para que possam ser seguidos pelas demais entidades.

Seminários – Ainda durante a reunião, Eduardo Tanaka e João Cunha solicitaram aos representantes das entidades que enviem seus filiados para participarem do Seminário sobre o PL 1992, previsto para o dia 22 deste mês, em Brasília (DF). O evento está sendo organizado pelo Sindifisco Nacional e pretende debater a importância da rejeição dos parlamentares ao projeto que pretende criar a Previdência Complementar para os servidores públicos. Além dos servidores públicos, também serão convidados para o evento deputados e senadores.

Ainda na capital federal, está previsto para o dia 7 de dezembro outro seminário, intitulado “Serviço Público de Qualidade: um desafio no combate à corrupção”, organizado pela Anafic (Associação Nacional dos Auditores Federais de Controle Interno).

Também participaram da reunião dirigentes do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho), da Anfip (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil); da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal); a ABPC (Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística); do Sindepo/DF (Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal); da Adepol/DF (Associação dos Delegados de Polícia do Distrito Federal); da ABPC/DF (Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística); da APCF/DF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais) e da Unafe (União dos Advogados Públicos Federais do Brasil).

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