Entidades acertam detalhes para manifestação do dia 18

O roteiro do Dia Nacional em Defesa do Servidor Público (18), em Brasília, está praticamente definido. A concentração está marcada para as 9h30, em frente ao Teatro Nacional, de onde os carros de som devem sair em direção ao Ministério da Economia, local principal dos protestos. A programação foi apresentada nesta quarta (11) em reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

A ideia é que a passeata siga na contramão pela Esplanada dos Ministérios, o que encurtaria o trajeto e facilitaria o trânsito de veículos. Mas esse detalhe ainda depende de um posicionamento oficial da Secretaria de Segurança Pública do DF, muito embora, de acordo com o Fonasefe, oficiais da Polícia Militar já tenham sinalizado ser favoráveis ao roteiro. Pelo sentido da via, o percurso é de 3,4km. Na contramão, cai para 1,4km.

O que não muda é o objetivo da manifestação: deixar claro ao governo federal que as reformas pretendidas destoam das necessidades da população brasileira. O pacote de medidas inclui propostas de emendas à Constituição, já apresentadas ao Congresso Nacional, e a chamada Reforma Administrativa, cujo texto permanece na gaveta do ministro da Economia Paulo Guedes. Dirigentes de entidades sindicais acreditam que o Poder Executivo aguarda as manifestações da próxima semana para enviar a proposta aos parlamentares. Se as manifestações do dia 18 tiverem grande aderência, a avaliação é que a proposta do governo federal seria, no mínimo, postergada.

Por isso, a estratégia do Fonasefe segue a linha do que foi sugerido na terça (10) em reunião do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate). Os representantes das entidades avaliam que é fundamental reforçar a mensagem de que as investidas contra o serviço público vão prejudicar, sobretudo, a população.

O vice-presidente do Sindifisco Jesus Brandão ressaltou durante o encontro do Fonasefe que qualquer cidadão, servidor público ou não, sentirá os efeitos da queda na qualidade dos serviços prestados pelo Estado. “O cidadão que depende do SUS, por exemplo, vai sofrer com os cortes pretendidos pelo governo”, afirmou.

O diretor de Relações Internacionais e Intersindicais, Kurt Theodor Krause, que também representou o sindicato na reunião, retomou a ideia de que as propostas do Poder Executivo, embora mirem o servidor público, atingem em cheio o cidadão brasileiro.

Segundo Kurt, setores fora do serviço público reconhecem o risco representado pelo pacote de medidas capitaneado pelo Ministério da Economia. “Sindicatos da iniciativa privada estão sensibilizados e abraçando a causa”, afirmou. Diante da importância de mostrar força no dia 18, o Sindifisco participará e dará suporte logístico à manifestação em Brasília.

Além da capital federal, muitas cidades terão manifestações no dia 18. Em São Paulo, o ponto de encontro será a Avenida Paulista, dotada de valor simbólico por ser o coração financeiro do país. Jesus Brandão informou que Auditores-Fiscais de Santos (SP) organizaram protestos locais e, de lá, subirão a serra rumo à capital paulista. 

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