Diretoria visita filiados em Cascavel

O presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, esteve na manhã desta quinta-feira (14/4) na DRF (Delegacia da Receita Federal do Brasil) em Cascavel (PR). A visita teve como objetivo esclarecer os filiados sobre as ações do Sindicato, assim como receber sugestões e dirimir dúvidas dos Auditores-Fiscais.

Um dos temas mais debatidos foi a campanha salarial. Delarue fez um apanhado das estratégias adotadas na campanha de 2008 e citou várias conquistas decorrentes da negociação, entre elas, a questão do "fosso salarial". “O fato é que somos um Sindicato que aprendeu a importância da negociação, o que nos permite dialogar com o governo de maneira a chegar a um consenso equilibrado para as duas partes”, disse.

Ainda sobre o assunto, adiantou que uma das estratégias é unificar a campanha com a de outras carreiras de relevância para o Estado, como a Polícia Federal e a Advocacia-Geral da União, com o objetivo de negociar o reajuste salarial.

“A inclusão de outras carreiras de Estado nos ajudará a pressionar ainda mais o governo. Mas quero adiantar que, ainda assim, será muito difícil a negociação, porque a intenção do governo é discutir aumento apenas em 2012, para que ele se dê nos anos seguintes. Mas o que temos a fazer é antecipar esse calendário”, disse.

Aliado a isso, soma-se a reivindicação do Sindifisco Nacional pela inclusão dos Auditores na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 443/09, que trata da fixação dos subsídios das carreiras da Advocacia-Geral da União e das Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal em 90,25% do subsídio mensal fixado para os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O objetivo é incluir os Auditores-Fiscais nessa proposta.

Delarue não descartou a possibilidade de uma greve para acelerar o processo de negociação. “Nós não podemos ficar eternamente só na conversa. Se não sair na negociação, resta a pressão. O nosso poder são vocês. Se a gente não tiver poder algum de pressão, não vamos conseguir nada. Apesar de não ser partidário da greve a qualquer momento, pode chegar uma hora em que não tenha outra opção”, sugeriu. “Devemos estar atentos a todas as possibilidades e não descartar nenhuma delas”.

Sobre LOF (Lei Orgânica do Fisco), Delarue lembrou que, apesar de parada no ministério da Fazenda desde o ano passado, há possibilidade de se discutir com o governo um texto que atenda as demandas da Classe. “O espaço de diálogo não garante que a LOF fique 100% como a gente quer, mas aumenta as expectativas de se conseguir o máximo que pudermos”.

O presidente do Sindicato falou também das ações que contribuem para enaltecer a posição de autoridade do Auditor-Fiscal e exemplificou o uso do terno e do PIN. “A luta é de levar aos filiados a consciência de que, se não nos colocarmos e nos portarmos como autoridades, não poderemos esperar que os outros nos valorizem. São simbologias muitas vezes necessárias”, disse.

“Ao longo de 15 anos, tivemos a nossa autoridade solapada. Sem que muitas vezes nos déssemos conta da intensidade de como isso estava ocorrendo. Esse foi um processo que durou muitos anos. A reconstituição da nossa autoridade pode levar tanto tempo ou mais. O importante é sabermos que estamos virando o jogo”, completou.

Também participaram do encontro o diretor-adjunto de Assuntos Jurídicos do Sindifisco, Luiz Henrique Behrens Franca, e o advogado da DEN (Diretoria Executiva Nacional) Rodrigo Cartafina.