Em vez de compartilhar nossas atribuições, por que não nos concedem os seus salários?

O Sindifisco Nacional procurou, desde o início do Governo Dilma, o diálogo como forma de ver atendidas as justas reivindicações dos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil). A primeira reunião ocorreu em 29 de março de 2011 e, desde então, foram outras 18, sem que o Governo fosse capaz de apresentar uma proposta sequer.

Diante do impasse criado pelo governo, reunidos em Assembléia Nacional, os Auditores Fiscais, em decisão soberana, deliberaram por recrudescer a mobilização, a fim de expressar o seu descontentamento.

O Governo Dilma, então, num movimento surpreendente para um partido que se denomina “dos trabalhadores”, editou um decreto que compartilha, de forma ilegal, as atribuições dos Auditores-Fiscais da RFB com os fiscais de estados e municípios.

Ou seja, o Governo, em vez de atender os justos pleitos daqueles que lhe garantem com eficiência a arrecadação federal, prefere, numa manobra autoritária, compartilhar as atribuições desses com os Auditores dos fiscos estaduais.

Em vez de “compartilhar” atribuições, por que não conceder aos Auditores da RFB salários como os dos Auditores estaduais?

Considerada a remuneração dos Auditores-Fiscais de 22 estados e da União, a dos Auditores-Fiscais da RFB ocupa a modestíssima 19ª posição.

Os pleitos dos Auditores-Fiscais são mais do que justos. Cabe a cada integrante da carreira se engajar no movimento e aprofundar os efeitos das operações padrão e crédito zero até que o Governo reconheça a importância da categoria para o Estado brasileiro.

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