Em Goiânia, DEN reforça a operação crédito zero
O papel dos Auditores-Fiscais na redução dos gerenciais da RFB (Receita Federal do Brasil) por meio da operação crédito zero, às vésperas de mais um balanço mensal de resultados, deu o tom das discussões entre os filiados lotados em Goiânia e representantes da DEN (Diretoria Executiva Nacional).
Para o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, seria um erro apostar no recuo das ações reivindicatórias neste momento, tendo em vista a possibilidade de enfraquecimento da Classe diante dos negociadores do Governo. “Nossa alternativa é avançar na perspectiva de uma nova negociação salarial. Se começarmos a cumprir metas neste momento, ao retomar a negociação as operações terão perdido credibilidade entre a Classe, o que pode enfraquecer o movimento. O desafio é dar continuidade agora. E temos condições para isso”, disse.
Delarue lembrou que depende da Classe o aumento na receita tributária e da eficiência da máquina pública e que, além da operação crédito zero, outras ações devem ser intensificadas até a reabertura de um diálogo sobre o reajuste salarial. “Se não conseguirmos negociar nesse ano, quando chegar em fevereiro de 2013 faremos entrega efetiva dos cargos e, em março, a operação acentuada nas aduanas”.
Apesar de apresentar uma tabela que mostra a sensível redução nos lançamentos tributários, o secretário-geral do Sindifisco Nacional e vice-presidente da DS (Delegacia Sindical) de Goiânia, Ayrton Bastos, acredita que há espaço para um empenho mais concentrado.
“Gostaria de lembrar que os moldes da nossa Campanha, com operação-padrão e crédito zero, foram desenhados pela categoria que debateu várias sugestões com a DEN em viagens pelo país. Se conseguimos demonstrar que somos capazes de impactar os indicativos, precisamos manter o esforço para alcançar novos resultados daqui para a frente”, ressaltou.
O comparativo apresentado pelo secretário-geral apontou redução na entrega de MPF (Mandados de Procedimentos Fiscais) de pessoa jurídica e créditos lançados de 38,26% e 54,83% respectivamente. Os dados coletados referem-se às dez Regiões Fiscais e são dos meses de julho a setembro de 2012, comparados ao mesmo período do ano passado.
Subsídio – A possibilidade de um extra ao subsídio foi outro tema colocado em questão. O presidente do Sindifisco lembrou que há uma comissão criada pelo CDS (Conselho de Delegados Sindicais) para essa finalidade e que as diretorias de Estudos Técnicos e de Assuntos Jurídicos da DEN também estão empenhadas na realização de estudos, assim como sobre as gratificações antigas que já existiram para a Classe e a remuneração dos fiscos estaduais.
A condição do subsídio como principal fonte de remuneração, a paridade, e a inexistência de avaliação individual são consideradas primordiais pela DEN. Os dirigentes esclareceram ainda dúvidas sobre a PEC 443⁄09, a entrega de cargos de chefia e outras estratégias de mobilização.
Cerca de 70 Auditores marcaram presença na reunião. Após o encontro, o presidente do Sindifisco participou, junto dos filiados, da Assembleia Nacional.