Sindifisco defende reajuste da tabela do IR pela inflação
Em reportagem exibida na terça-feira (10/1), a TV Brasil utiliza dados do Sindifisco Nacional para mostrar que a correção em 4,5% da tabela do IR (Imposto de Renda), ano base 2011, é insuficiente para parcela da população brasileira. Isso porque trabalhadores que obtiveram em 2011, ou obtiverem neste ano, aumento de salário superior ao índice do reajuste podem ser mudados de faixa e poderão ter de pagar mais imposto do que deveriam.
De acordo com dados do Sindicato, de janeiro de 1996 a dezembro de 2011, a RFB (Receita Federal do Brasil) deixou de incorporar à tabela do IR uma diferença de 64,3%, defasagem entre a inflação acumulada de 173,6% e os reajustes aplicados à tabela do IR no mesmo período em 66,5%, conforme a tabela abaixo:
Os números deixam claro que o contribuinte é penalizado com a correção da tabela do IR abaixo da inflação. Como o reajuste é historicamente defasado, é comum que um contribuinte isento de IR no ano anterior salte para a faixa imediatamente posterior no ano seguinte, passando a pagar o imposto simplesmente porque teve o salário corrigido pela inflação. Na prática, isso significa que o Governo se aproveita do processo inflacionário para aumentar a tributação das pessoas físicas.
Em entrevista à TV Brasil, a diretora-adjunta de Estudos Técnicos do Sindifisco,Elizabeth Maria, explicou que a correção da tabela do IR deveria acompanhar, no mínimo, a inflação oficial, assim como a correção do valor das deduções por dependente e com educação.
Assista aqui ao vídeo.
Confira aqui como seria a tabela do IR com a correção de 64,3%.