“Quem entende de tributo é o Auditor-Fiscal, os outros são poetas”, diz José Serra

José Serra folheia estudo do Sindifisco Nacional sobre sistema tributário

O candidato pelo PSDB à presidência da República, José Serra, afirmou na tarde desta quarta-feira (29/9), em São Paulo, que a reforma tributária no país é inevitável e que, se eleito, não deixará que o projeto de reformulação do sistema seja deixado de lado. Ele aproveitou a oportunidade para defender a Classe dos Auditores-Fiscais no que diz respeito às atribuições do Fisco. “Quem entende de tributo é o Auditor-Fiscal, os outros são poetas”, endossou.

A afirmação foi em resposta ao questionamento do 1º vice-presidente do Sindifisco Nacional, Lupércio Montenegro, sobre a reforma tributária, durante o encontro promovido pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado) com o candidato à presidência da República, na sede da Afresp (Associação dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo).

Além disso, o sindicalista aproveitou a oportunidade para entregar uma cópia do estudo de reformulação do sistema tributário, desenvolvido pelo Sindifisco Nacional e repassado neste mês ao coordenador de campanha do PSDB, Xico Graziano.

Além de defender as propostas que integram o estudo, Serra se comprometeu a receber os representantes do Sindifisco num eventual segundo turno para debater melhor o assunto. Outro tema levado a ele foi o da LOF (Lei Orgânica do Fisco), que também será avaliado pelo candidato se houver segundo turno.

José Serra listou ainda uma série de pontos que considera fundamentais para o bom funcionamento do Estado brasileiro e que fazem parte da sua concepção político-ideológica. “Para mim, o concurso público é a forma de se promover um acesso eficiente às carreiras públicas de Estado. Além disso, defendo a estabilidade das instituições públicas, independente da conjuntura eleitoral”, disse.

Sobre os últimos casos de quebra de sigilo fiscal por parte de servidores da RFB (Receita Federal do Brasil), o político defendeu a instituição como órgão sério, eficiente e alegou que o episódio está vinculado a questões político-partidárias.

A mesa foi presidida pelo presidente do Fonacate, Jorge Cezar Costa. Além do Sindifisco, estiveram presentes outras 24 entidades ligadas ao Fórum. Também foram convidadas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV). As candidatas não puderam comparecer por falta de espaço em suas agendas.

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