Direito de greve é defendido pelo Sindifisco Nacional
O 1º vice-presidente do Sindifisco Nacional, Ayrton Eduardo de Castro Bastos, esteve no gabinete do senador Romero Jucá, na quinta-feira (27/2), juntamente com lideranças sindicais do serviço público para tratar do Projeto de Lei (PLS 287/13) que regulamenta a greve do servidor. Pela matéria, de autoria do senador, 24 áreas do serviço público seriam obrigadas a manter de 50% a 80% do efetivo durante as paralisações.
Durante o debate, Ayrton esclareceu que existe uma diferença entre a greve da iniciativa privada e a do setor público. No primeiro caso, o empresário é afetado pela perda do lucro, e no caso dos servidores públicos, o que sensibiliza o gestor é a opinião pública, ou seja, o eleitor. “Limitar o direito à greve significa cercear o nosso direito de reivindicar”, afirmou.
Ayrton esclareceu ainda que a preocupação é que o Projeto de Lei não venha a ser mais um instrumento de perdas de direitos do servidor público e que o direito à greve seja garantido. "É importante ressaltar que há riscos em movimento grevista, como o corte de ponto e a possibilidade de prejudicar a contagem de tempo para a aposentadoria", disse.
Ainda sobre os direitos dos servidores, o vice-presidente do Sindifisco lembrou que "desde a Constituição de 1988, os governos que se sucedem têm sistematicamente retirado direitos dos servidores públicos. A quebra de contrato mais recente foi a criação da Funpresp [Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal], com a consequente retirada da garantia de manutenção do poder aquisitivo após a aposentadoria".