Diretores identificam precariedade de trabalho durante visita

Em continuidade às visitas da Diretoria Nacional para traçar um diagnóstico das condições de trabalho da Classe pelo país, o diretor eleito de Defesa Profissional, Gelson Myskovsky, e o diretor-secretário eleito, Maurício Zamboni, estiveram na tarde desta quarta-feira (9/9) em Dionísio Cerqueira (SC). Na localidade, os diretores visitaram as unidades da Inspetoria local e da Estação Aduaneira da RFB (Receita Federal do Brasil). Na semana passada, Gelson e o diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Wagner Teixeira Vaz, estiveram em Uberaba (SP).

De acordo com Gelson Myskovsky, durante a visita foi possível conhecer os problemas do local. A infraestrutura de trabalho que já era deficitária está ainda pior em função das chuvas fortes que castigaram a região nos últimos dias. “A situação é bastante precária. A Estação Aduaneira está sem luz desde segunda-feira (9/9) à noite e, agora, há também falta de água”, conta o diretor.

Ainda segundo Gelson, a falta de energia tem prejudicado sobremaneira a fiscalização e, em função disso, há aproximadamente 400 caminhões aguardando pelos procedimentos para a entrada no país. “O trabalho está bastante prejudicado. Na estação, são fiscalizados cerca de 120 caminhões por dia, mas está tudo parado agora”, descreve.

Além dos problemas agravados com o mau tempo na localidade, os Auditores-Fiscais lotados no município catarinense têm outras dificuldades diárias. A sala destinada aos três Auditores lotados na Estação Aduaneira é muito pequena e as condições de ventilação da área são bastante ruins.

“O terreno da Estação não é totalmente pavimentado, então, na época de chuva tem muita lama e, quando está seco, tem muita poeira. Há casos de servidores com problemas de saúde como rinite em função do pó”, destaca Gelson. A dispersão de poeira e o barulho são agravados ainda mais por causa do trajeto que os caminhões percorrem, passando próximos ao local de trabalho.

Insegurança – A estação também sofre com a falta de segurança. Parte da cerca que devia proteger a unidade caiu já faz algum tempo e ainda não foi consertada. A situação coloca em risco não só o material armazenado no recinto alfandegado, mas também os Auditores e servidores de apoio da localidade.

Na Inspetoria, a situação também não é das melhores. Quaisquer pedidos de recursos para consertos e reformas simples têm de enfrentar demorados processos burocráticos. Recentemente, a Inspetoria tratava dos trâmites para conseguir recursos para o conserto de uma goteira no imóvel, mas com o aumento das chuvas parte do teto, que já sofria o problema da goteira, desabou e danificou parte dos equipamentos de informática.

Na opinião de Gelson Myskovsky, é necessária uma ação rápida da Receita para adequar os imóveis às necessidades de trabalho dos Auditores-Fiscais e servidores de apoio. “A região sofre muito pela falta de recursos financeiros e humanos. Para se ter uma idéia, são apenas sete Auditores-Fiscais em atuação na localidade”, afirma o diretor. Gelson lembra ainda que há um projeto de reforma para as unidades que está parado há mais de dois anos.

Pela noite, os diretores eleitos participaram de reunião com os Auditores-Fiscais de Chapecó (SC).

 

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