Governo promete desconsiderar impacto funcional
O presidente do Unafisco, Pedro Delarue, e o diretor de Relações Intersindicais, Dagoberto Lemos, reuniram-se na tarde de hoje com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, para discutir a abertura efetiva da negociação dos dias parados.
Também participaram da reunião, representantes da Fenafisp (Federação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil), da Anfip (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil) e do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho).
“Precisamos evitar a desmotivação da Classe neste momento de crise em que o país precisa arrecadar mais”, afirmou o presidente do Unafisco dando início ao debate. Delarue ressaltou também que a resistência do Governo em negociar causa insatisfação nos Auditores-Fiscais, já que a questão dos dias parados é sempre objeto de discussão ao final de qualquer campanha salarial.
Os representantes do Unafisco expuseram uma premissa essencial da negociação: a garantia de que os efeitos funcionais não serão considerados. Como resposta, o secretário assegurou que não haverá repercussão e que vai, inclusive, oficializar por escrito a promessa.
Diante dos argumentos do presidente do Sindicato, Duvanier falou das dificuldades do Governo por conta das mobilizações e greves de outras categorias, mas sinalizou que é possível um entendimento para abrir a negociação. Segundo ele, deve haver consenso entre Governo e entidades para que o debate aconteça na mesa de negociação e não por vias judiciais. Por isso, as entidades devem se comprometer a retirar as ações caso se chegue a um resultado satisfatório.
O presidente do Unafisco concordou com as colocações e lembrou que a negociação não é nenhum favor à Classe. “Ela é de interesse do Governo, que precisa da motivação dos Auditores, e é de interesse do Sindicato. Mas é também uma forma de se evitar o caminho judicial, que resultará em derrota para um dos lados, que pode perfeitamente não ser o do Sindicato”, reforçou.
Fosso – Outro problema levantado na reunião foi o dos Auditores que estão na Classe B1 e que, portanto, podem ter somente duas progressões. Delarue aventou a possibilidade de se fazer a correção por Decreto e que o Sindicato vai formalizar o pedido por escrito para que a Secretaria de Recursos Humanos possa encaminhar uma solução para a demanda.