Sindifisco presta homenagem às mulheres em março
O Dia Internacional da Mulher será comemorado nesta terça-feira (8/3). Juntamente às comemorações carnavalescas, serão inúmeras as homenagens direcionadas àquelas que cumprem diariamente diversos papeis: de mãe, esposa, companheira, profissional das mais variadas áreas, entre elas Auditoras-Fiscais e até de chefe de Estado, como a presidenta Dilma Rousseff.
As homenagens são válidas, entretanto, poderiam vir acompanhadas de maior reconhecimento. As conquistas femininas alcançadas no decorrer dos séculos – como o direito ao voto, a ascensão profissional e a maior independência financeira – foram consideráveis, mas não suficientes para alçar a mulher a um patamar semelhante ao do homem.
Um exemplo claro, e exaustivamente difundido, é o do mercado de trabalho. A remuneração para os trabalhadores é relativamente superior à das trabalhadoras. Os cargos de chefia também são mais numerosos entre os homens, e, mesmo quando mulheres assumem essas funções, ganham menos que os homens nos mesmos postos de trabalho. Até o número de desempregados é superior entre as mulheres.
Segundo o Ministério do Trabalho, os índices relativos a esses quesitos vêm sofrendo modificações. De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a diferença salarial entre homens e mulheres aumentou em janeiro de 2010, na comparação com o mesmo período de 2009. O salário inicial pago aos homens em 2010 foi, em média, R$ 113,3 maior que o vencimento pago às mulheres no ato da admissão no emprego. A diferença é 13,3% maior que a registrada em 2009, que foi de R$ 100.
Ainda segundo o Ministério, essa diferença vem se acentuando desde 2003 e é percebida, principalmente, entre os cargos que exigem nível superior de escolaridade. As mulheres estão ganhando, em média, de 20% a 25% a menos que os homens.
O ganho real de salário também foi menor para as mulheres na comparação com os homens. A remuneração delas teve aumento acima da inflação de R$ 25,6% entre 2003 e 2010, enquanto que para eles, a alta foi de 31,3%.
Outro fator relevante observado nos últimos anos foi o aumento do número de mulheres como chefes de família. Em muitos lares, o homem deixou de ser rei e senhor absoluto para dividir o poder e as decisões com a mulher, inclusive os custos da família. Na maioria dos países da Europa desenvolvida, cerca de 86% das famílias monoparentais são chefiadas por mulheres. Isso também vem ocorrendo nas famílias brasileiras.
Em meio aos Auditores-Fiscais, no que tange os números referentes a 2010, dos 12.150 dos Auditores-Fiscais em atuação, somente 3.655 são mulheres, o que representa pouco mais de um terço do quadro funcional da RFB (Receita Federal do Brasil). Mesmo com número inferior ao de Auditores, as Auditoras têm se destacado no desenvolvimento de suas funções. Hoje, no quadro da RFB, mulheres ocupam cargos de superintendente, delegada titular e substituta, gerenciam departamentos e ocupam postos relevantes dentro do órgão.
Ao longo do mês de março, o Sindifisco Nacional irá contar um pouco da história de algumas dessas mulheres Auditoras, que vêm se destacando profissionalmente dentro do órgão. Não deixe de conferir a partir da próxima semana.