Dezenas de carreiras federais vão parar no dia 18
A negociação é sempre o melhor caminho. Pelo menos essa é a opinião da DEN (Diretoria Executiva Nacional). No entanto, o Governo parece ter desaprendido o ensinamento que tanto defendeu há anos. O fato é que, diante da intransigência dos integrantes do Executivo, além dos Auditores-Fiscais, servidores de dezenas de carreiras federais decidiram paralisar as atividades também a partir do dia 18 de junho.
De acordo com a Condsef (Confederação Nacional dos Servidores Federais), a expectativa é de que 80% dos servidores federais deflagrem greve na data. O movimento foi aprovado em plenária por 300 representações da base da Confederação e por 31 entidades nacionais que estão unidas na Campanha Salarial.
Vale lembrar que professores de cinquenta universidades federais já estão em greve. Os técnicos administrativos das instituições de ensino prometem aderir ao movimento a partir do dia 11. Sem falar que os servidores do Judiciário, Ministério Público da União e das escolas técnicas estão anunciando paralisação para o dia 13.
Ou seja, o cenário que se avizinha é de caos na administração pública. E, ao contrário do que defendem alguns setores da imprensa, a radicalização não partiu dos trabalhadores do setor público. Desde 2011, os sindicatos têm buscado estabelecer um diálogo com o Governo que fez ouvidos de mercador a todos os pleitos apresentados.
Depois de tantas tentativas, os trabalhadores não tinham outra opção a não ser a greve. Cabe unicamente ao Governo evitar que o país e – mais diretamente a população – sofra os efeitos de uma paralisação de grandes proporções no setor público.
Chega de reuniões vazias de propostas. Os Auditores-Fiscais e os demais trabalhadores do setor público querem ser valorizados e não é mantendo os salários defasados e ignorando as reivindicações das categorias que o Governo vai alcançar esse objetivo. Serviço público de qualidade começa com servidores motivados.
O dia 18 de junho promete. Resta saber se o Governo vai pagar para ver!