DEN participa de Ato por julgamento da Chacina de Unaí

"A Justiça mineira não pode se apequenar", afirmou o diretor-adjunto de Assuntos Jurídicos do Sindifisco Nacional, Luiz Henrique Behrens Franca, ao comentar a decisão da juíza da 9ª Vara Federal em Belo Horizonte (MG), Raquel Vasconcelos de Lima, que, às vésperas da Chacina de Unaí completar nove anos, remeteu o processo para a Vara Federal daquela cidade mineira, mesmo após ter firmado compromisso com o Conselho Nacional de Justiça de agendar para fevereiro a realização do júri popular.

Para o diretor da DEN (Diretoria Executiva Nacional), a decisão da juíza é um retrocesso. "No Ceará, onde houve tentativa de homicídio contra o Auditor-Fiscal da Receita José de Jesus Ferreira e a Justiça foi feita em quatro anos", disse Luiz Henrique durante sua participação, na segunda-feira (28/1), do Ato público para cobrar o julgamento da Chacina. A manifestação, em Belo Horizonte, foi promovida pelo Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho) e AAFIT/MG (Associação dos Auditores-Fiscais do Trabalho em Minas Gerais).

A Chacina ocorreu no dia 28 de janeiro de 2004, quando três Auditores-Fiscais do Trabalho e um motorista do Ministério do Trabalho foram assassinados. Do Ato Público para cobrar o julgamento também participaram o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Domingos Dutra (PT/MA); o deputado estadual Rogério Correia (PT/MG); o deputado Nilmário Miranda (PT/MG) que à época do crime era secretário de Direitos Humanos da Presidência da República; o delegado regional do Trabalho em Minas na época da Chacina, Carlos Calazans; e integrantes da sociedade civil.

Antes de ser Auditor-Fiscal da RFB (Receita Federal do Brasil), Luiz Henrique foi Auditor-Fiscal do Trabalho e chegou a trabalhar com uma das vítimas, João Batista Soares Lage. As outras três vítimas da Chacina, ocorrida na região rural de Unaí, foram Eratóstenes de Almeida Gonçalves, Nelson José da Silva e Ailton Pereira de Oliveira.

A DEN (Diretoria Executiva Nacional) reprova veementemente a demora no julgamento dos autores do crime, pois Auditores da Receita Federal do Brasil e do Trabalho não representam governo A, B ou C, mas o Estado brasileiro. Portanto, Justiça é a contrapartida mínima que quem representa o Estado deve receber. Confira aqui mais dados sobre a chacina de Unaí – histórico e cronologia do crime.

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