Auditores reivindicam mais segurança nas fronteiras

Insegurança. Essa é a palavra de ordem em Foz do Iguaçu (PR) e a que o diretor de Relações Intersindicais do Sindifisco Nacional, Carlos Eduardo Dieguez, mais ouviu na reunião que teve com a equipe de repressão, na manhã de sexta-feira (9/12). Nem o Decreto 7.638, do governo federal, que inclui a RFB (Receita Federal do Brasil) no Plano Estratégico de Fronteiras agradou totalmente.

“A inclusão no Plano não nos dá segurança jurídica para trabalhar que é o que mais precisamos aqui na fronteira”, disse o chefe da Equipe de Repressão local, Auditor-Fiscal André Ferreira Santos.

A inclusão da RFB no Plano foi uma luta do Sindifisco Nacional, que agora volta suas forças para a edição urgente de uma MP (Medida Provisória) que pacifique a questão do porte de arma para que os Auditores possam trabalhar com o mínimo de segurança nas fronteiras.

“Estamos às portas de sediar grandes eventos que precisarão de atenção redobrada nas fronteiras. Defendemos não só o porte de arma integral, mas que se equipe minimamente quem trabalha nas fronteiras, com coletes adequados e  armas de porte para fazer frente ao árduo e perigoso trabalho exercido pelas equipes de repressão nesses locais”, disse o diretor do Sindifisco Carlos Eduardo Dieguez.

Para o presidente da DS (Delegacia Sindical) local, Auditor-Fiscal Diego Augusto de Sá, a falta de clareza na legislação conferindo o porte de arma irrestrito à equipe de repressão significa desarmar o Estado e ser leniente com o armamento dos bandidos.

Ainda durante a reunião, a equipe de repressão relatou ao diretor do Sindicato o clima de insegurança e pressão a que são submetidos diariamente em uma das principais fronteiras do país. Os Auditores também solicitaram do Sindicato que priorizasse a cobrança de agilidade na edição da MP.

“O Sindicato apóia a suspensão dos trabalhos de repressão, assim como já foi deliberado no último Conselho de Delegados Sindicais, jamais com a intenção de prejudicar a sociedade ou liberar a entrada de armas, drogas e munições no país, mas com a intenção de preservar o bem maior que são as vidas das pessoas envolvidas  na repressão”, afirmou o diretor de Relações Intersindicais, Carlos Eduardo Dieguez.

Conteúdos Relacionados