DEN encerra agenda em Belém com reunião no Porto
Um encontro com os Auditores-Fiscais da Alfândega do Porto encerrou a agenda, na segunda-feira (14/5), dos dirigentes do Sindifisco Nacional em Belém, dentro do programa de visitas às bases para tratar da Campanha Salarial.
O 2º vice-presidente do Sindifisco, Sérgio Aurélio Velozo Diniz, fez questão de destacar o papel estratégico de cada um dos Auditores nas mobilizações da Campanha Salarial. “As negociações não têm evoluído. O Governo continua a demonstrar intransigência nas tratativas. Sabemos da importância dos Auditores da Aduana nas paralisações porque produzem efeito imediato, impactando o processo de importação e exportação e provoca reflexos na balança comercial. Mas a operação crédito zero, desenvolvida pelos colegas dos tributos internos, é também muito relevante uma vez que interrompe o fluxo de caixa e provoca a queda da arrecadação do Governo, da mesma forma que necessitamos da participação dos Auditores das DRJ [Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento]. Em resumo: todos os Auditores-Fiscais são imprescindíveis nas diversas atividades programadas visando a pressionar o atendimento da pauta reivindicatória”, afirmou Sérgio Aurélio.
O diretor secretário do Sindifisco, Kurt Krause, lembrou que a Classe deve estar atenta para o endurecimento e uma possível greve. “Diante da intransigência, negocia-se até um ponto. Então, esse é o momento de trabalhar mais duro com esse Governo que, infelizmente, só age por pressão”, disse.
A composição das entidades empenhadas na Campanha Salarial conjunta, os desdobramentos da greve de 2008 e as novas estratégias a serem adotadas pela Classe para o embate na mesa de negociação com o Governo foram alguns dos pontos levantados tanto pelos Auditores como pelos sindicalistas.
Além da Campanha Salarial, outras reivindicações da Classe foram pauta da reunião, como porte de arma e adicional para zonas de fronteira.
“Essas são duas questões que estão se encaminhando dentro do Governo. Já recebemos a sinalização de que o adicional sairá, mas ainda estamos nas tratativas quanto ao valor que será definido. Sobre o porte de arma, o Ministério da Fazenda já reconhece essa necessidade para o Auditor-Fiscal, o que pode ser um passo para que mudemos a legislação”, ressaltou o 2º vice-presidente do Sindicato, Sérgio Aurélio Velozo Diniz.
A discussão em torno da possível separação da Aduana da RFB (Receita Federal do Brasil) também fez parte da reunião. O assunto vem sendo aparentemente debatido por setores do Governo Federal e o Sindicato está preparado para combater quaisquer mudanças que possam enfraquecer o controle do comércio exterior e, assim, proteger a Aduana brasileira.