DEN encerra agenda carioca sobre Campanha Salarial no porto de Itaguaí
Encerrando o calendário de visitas elaboradas pela DS (Delegacia Sindical) Rio de Janeiro em conjunto com a DEN (Diretoria Executiva Nacional) sobre a Campanha Salarial, o diretor de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional, Luiz Benedito, esteve, na manhã de quarta-feira (25/4) na Alfândega do Porto de Itaguaí, a cerca de 92 km da capital carioca.
Junto ao vice-presidente da DS, Antônio Henrique Cunha, Benedito externou preocupação diante da falta de sinalização do Governo na mesa de negociação e solicitou apoio do inspetor-chefe da Alfândega do Porto, Auditor-Fiscal Marcos Xavier, e demais Auditores na mobilização. Uma das maneiras de contribuir seria a participação de todos no Dia Nacional de Advertência, que ocorrerá em 9 de maio.
“Queremos dar visibilidade às nossas demandas, e acho que cada uma das unidades da Receita pode contribuir da maneira que lhe couber. Quanto mais forte e mobilizada for nossa articulação, mais distante estaremos da ideia de uma greve, ainda que não a descartemos, ou de um retrocesso nas negociações”, disse o diretor do Sindicato.
“A DEN conseguiu sucesso na condução de mobilizações em Paranaguá (PR) e em Manaus (AM) e queríamos repetir esse trabalho. Por isso, as DS estão juntas nessa empreitada”, emendou o vice-presidente da DS.
O inspetor se colocou à disposição e disse compreender os motivos pelos quais os sindicalistas buscam a atenção do Governo.
A situação na Alfândega do Porto traduz bem a realidade vivida pelos Auditores pelo país afora diante da falta de efetivo aliada à pressão pelo cumprimento de metas. De acordo com o inspetor-adjunto, Auditor-Fiscal Washington Façanha Lotfi, na unidade “o quadro reduziu drasticamente, de 2008 para cá, de 43 Auditores para 23. Destes, dez exercem funções de chefia e, portanto, estão fora da atividade fim”, externou.
Apesar da redução de efetivo, o período exemplificado pelo inspetor-adjunto (2008-2011) teve um aumento considerável na arrecadação – passou de R$ 2 bilhões para R$ 4bilhões; na fiscalização de contêineres – de 213 para 230 mil; e no valor das mercadorias apreendidas – que saltou de R$ 11 para R$ 21 milhões. Em volume de mercadorias a granel, que são os principais produtos que circulam no porto, Itaguaí só perde para a Alfândega de Vitória (ES), dentro da 7ª Região Fiscal.
Interesse – A presença dos sindicalistas na Alfândega do Porto de Itaguaí movimentou os Auditores-Fiscais, que se reuniram para ouvir os informes e darem contribuições ao movimento reivindicatório da Classe. Cerca de 70% dos Auditores lotados na unidade compareceram à reunião com o diretor da DEN (Diretoria Executiva Nacional) e o vice-presidente da DS carioca.
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