DEN comunica paralisação ao superintendente da 3ª RF

A Campanha Salarial foi o assunto principal da visita do segundo vice-presidente do Sindifisco Nacional, Sérgio Aurélio Velozo Diniz, e do diretor de Defesa Profissional, Dagoberto Lemos, ao superintendente da 3ª RF (Região Fiscal), Auditor-Fiscal Moacyr Mondardo Júnior, na segunda-feira (28/5). O presidente da DS (Delegacia Sindical), Marcelo Maciel, e os superintendentes-adjuntos, Auditores-Fiscais Marcus Gurjão e Marcellus Ribeiro Alves, participaram da conversa.

Sérgio Aurélio informou o superintendente acerca do Dia de Mobilização de Advertência, marcado para esta quarta-feira (30/5) e da possibilidade de deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 18 de junho. O vice-presidente explicou que as paralisações são uma resposta à protelação por parte do Governo da negociação iniciada em 2011. “Já dissemos na mesa de negociação que não iremos mais a nenhuma reunião que não seja para a apresentação de uma proposta por parte do Governo. Já passou da hora. Quando é para falar dos ganhos que os servidores públicos tiveram, esse é um Governo de continuidade. Mas quando é para tratar das nossas reivindicações, é um Governo novo. Precisamos saber com quem estamos negociando”, avaliou.

O sindicalista afirmou que sabe que os administradores não podem apoiar diretamente o movimento. “O que esperamos de vocês é a compreensão da justeza das reivindicações dos Auditores-Fiscais”, explicou.

O superintendente disse esperar que não seja necessária a deflagração da greve por tempo indeterminado e demonstrou estar consciente de que a paralisação pode ser muito prejudicial para todos. “A greve não é um fim em si. O que é mais importante são as mensagens”, ponderou. Moacyr também destacou os resultados obtidos pela RFB (Receita Federal do Brasil) e creditou os números favoráveis a atuação dos Auditores e servidores da Casa. “Em muitos países a economia tem crescido, mas a arrecadação não aumenta. Precisamos que a fiscalização e a repressão funcionem para que a arrecadação espontânea continue funcionando”, concluiu.

Caso Jesus – Os sindicalistas questionaram o superintendente sobre as ações da Casa para enfraquecer o grupo organizado comandado pelo iraniano Farah Marvizi (acusado de ser o mentor da tentativa de assassinato contra o Auditor-Fiscal José de Jesus Ferreira, em 2008). Em conversa com o Auditor, também na tarde de segunda-feira (28/5), os diretores ficaram sabendo que o grupo criminoso continua em ação no Estado. O superintendente afirmou que a RFB está desenvolvendo ações fiscais direcionadas a grupos criminosos, mas afirmou não poder revelar detalhes por se tratar de uma questão sigilosa.

Metas – O presidente da DS/Ceará afirmou que os Auditores da localidade estão reclamando das metas estabelecidas. De acordo com ele, a pressão acaba pondo em risco a qualidade dos serviços.  Dagoberto Lemos ratificou que esse tem sido um problema relatado em várias unidades e sugeriu que o administrador rediscuta as metas com a Classe. “Caso contrário, logo teremos muitos Auditores doentes”, afirmou.

Moacyr concordou com a sugestão e admitiu que existe uma defasagem no número de Auditores. Na avaliação dele, assim como na da DEN (Diretoria Executiva Nacional), a convocação de concurso público para preenchimento de 200 vagas não resolverá o problema. “Por ano se aposentam cerca de 500 Auditores”, reforçou Sérgio Aurélio.

Por fim, o superintendente defendeu a criação de mais vagas para cargos auxiliares a fim de que os Auditores possam desempenhar as atividades decisórias. “Esperamos que o mapeamento que vem sendo feito pelo Ministério da Fazenda deixe as atribuições bem claras”, concluiu Moacyr, tendo o apoio de todos.

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