DEN participa de Ato Público pelos oito anos da Chacina de Unaí

“Lamento participar de um ato cobrando justiça por quem, representando o Estado, teve a vida ceifada”, disse o 2º diretor adjunto de Assuntos Jurídicos do Sindifisco Nacional, Luiz Henrique Behrens Franca, durante Ato Público na manhã desta sexta-feira (27/1), em Belo Horizonte (MG), para marcar os oito anos da chacina de Unaí (MG) – emboscada que culminou com a morte de três Auditores-Fiscais do Trabalho e um motorista do Ministério, no exercício de suas funções de fiscalizar denúncia de trabalho escravo.

Antes de ser Auditor-Fiscal da RFB (Receita Federal do Brasil), Luiz Henrique foi Auditor-Fiscal do Trabalho e chegou a dar plantões com uma das vítimas, João Batista Soares Lage. As outras três vítimas da emboscada na região rural de Unaí – ocorrida em 28 de janeiro de 2004 – foram Eratóstenes de Almeida Gonsalves, Nelson José da Silva e Ailton Pereira de Oliveira.

Ainda durante o ato em Belo Horizonte, o diretor da DEN relembrou emboscadas e atentados contra Auditores-Fiscais da Receita, como a tentativa de homicídio contra o Auditor-Fiscal Jesus Ferreira, no Ceará, chefe da Direp (Divisão de Repressão ao Contrabando e ao Descaminho), que, felizmente, sobreviveu. “Mas temos casos de Auditores que não sobreviveram”, lamentou Luiz Henrique.

A DEN (Diretoria Executiva Nacional) reprova veementemente a demora no julgamento dos autores do crime. “Auditores da Receita e do Trabalho não representam governo A, B ou C, mas o Estado. Portanto, justiça é a contrapartida mínima que o Estado deve dar a quem a ele representa”, disse Luiz Henrique. O ato público foi promovido pelo Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho) e ocorreu em frente ao prédio da Justiça Federal, na capital mineira.

Confira aqui mais dados sobre a chacina de Unaí – histórico e cronologia do crime.

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