DEN, CNM e CDS reforçam mobilização no Rio de Janeiro
Num movimento de reforço e coesão das estratégias para a Campanha Salarial, representantes da DEN (Diretoria Executiva Nacional), do CDS (Conselho de Delegados Sindicais) e do CNM (Comando Nacional de Mobilização) concentraram atenção, na quinta-feira (14/6), nos Auditores-Fiscais lotados nas unidades da RFB (Receita Federal do Brasil) no Rio de Janeiro. Durante a manhã, os sindicalistas visitaram a DRF 1 (Delegacia da Receita Federal do Brasil), mais especificamente a Dicat (Divisão de Controle e Acompanhamento Tributário).
O presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, traçou um histórico das tratativas da negociação com o Governo, da preocupação dos empresários diante de uma possível greve e da necessidade de engajamento para demonstração de força do movimento. “O Governo parece pagar para ver a nossa indignação. Se mantivermos a coesão teremos mais condições de negociação. Não podemos demonstrar enfraquecimento nesse momento”, disse Delarue.
O sindicalista também lembrou das condições jurídicas que garantem a legalidade do movimento sem prejuízo aos Auditores, da previsão de Plenária sobre o tema e opinou sobre estratégias de atuação que podem ser adotadas nas diferentes atividades fiscais durante a paralisação.
Questionado pelo presidente da DS (Delegacia Sindical) local, João Abreu, sobre o corte de ponto da última greve, Delarue lembrou que não houve prejuízo financeiro para os Auditores atingidos, pois o Sindicato cobriu o prejuízo.
A estratégia adotada para a mobilização também foi levantada pelo presidente da DS. “A ideia não é mostrar o resultado das paralisações com a derrubada das metas semestrais ou trimestrais da fiscalização, mas mostrar cotidianamente ao Governo que os indicadores gerenciais estão caindo. É mostrar a queda nos lançamentos e outras ações da rotina do Auditor-Fiscal”, disse Delarue.
CNM – Os possíveis prejuízos para a Classe diante da possibilidade de uma greve também foi comentário do coordenador do CNM (Comando Nacional de Mobilização), Eduardo Tanaka. “Greve pode ser comparada a uma guerra, e em guerra não há como evitar riscos. Mas se formos pensar no último enfrentamento, vamos ver que tivemos muito mais ganhos que perdas. Estamos num momento em que o tensionamento é necessário”, esclareceu.
Rio + 20 – A aprovação de um indicativo, no CDS (Conselho de Delegados Sindicais), que sinalizou contra um esforço extraordinário da Classe na condução do Rio+20 foi outro objeto de resposta de Delarue ao presidente da delegacia carioca.
“Eu e o presidente do CDS encaminhamos contra por achar que, como agentes estratégicos para o Estado, não seria prudente colaborar para uma imagem ruim do país, mas a resposta dissonante veio da categoria. Agora, apesar disso, a condição serviu para dar importância ao nosso movimento porque, sabendo disso, o Governo veio pedir que não prejudicassem o evento”, disse Delarue.
CDS – De acordo com o presidente do CDS, Célio Diniz, cabe à Classe manter a coesão de maneira que as próximas ações tenham cada vez mais repercussão dentro do Governo. “Já recebemos a sinalização de que o Executivo está acompanhando de perto cada passo da categoria. Dia 18 é a hora de mostrar força para que o Governo não queira enfrentar os possíveis prejuízos”, disse o sindicalista ao lembrar do caso de Manaus, onde os Auditores realizaram paralisações nas quintas-feiras durante um mês e preocuparam o Parlamento e o empresariado local.
“Completamos quatro anos da última negocição salarial. Enquanto isso, vê-se 21 fiscalizações estaduais ganhando mais que os Auditores federais. Ou a Classe se organiza agora ou amargará mais alguns anos sem ganhos”, complementou o diretor-adjunto de Administração do Sindifisco Nacional, Gelson Myskovsky Santos.
Pela DEN, participaram ainda o diretor-secretário Kurt Krause, o diretor de Finanças, Aguinaldo Neri e o diretor de Assuntos Parlamentares, Raul Cabadas Filho.