DEN apresenta Imposto Justo a dirigentes da Contraf/CUT

A campanha Imposto Justo recebeu elogios e apoio de entidades sindicais vinculadas à Contraf/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro/Central Única dos Trabalhadores). Em reunião com cerca de 30 dirigentes na manhã de terça-feira (9/7), em Brasília (DF), o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, apresentou os objetivos da campanha e convidou os sindicalistas a aderir à proposta e ampliar o debate em suas bases.

“A gente precisa que esse debate vá para frente, por isso, contamos com o apoio de vocês para levantar essa discussão”, conclamou Delarue. O presidente do Sindifisco explicou pontos específicos da campanha. Destacou que a iniciativa tem a finalidade principal de promover a justiça tributária no Brasil e salientou a relevância de haver um amplo envolvimento dos trabalhadores e da população em geral no debate sobre tributação.

Ele ressaltou que a iniciativa tem como premissa a apresentação de projeto de lei de iniciativa popular no Congresso Nacional propondo a correção anual da Tabela do Imposto de Renda e o fim da isenção de impostos sobre lucros e dividendos. “Quem ganha um salário de R$ 3 mil paga R$ 129,40 de Imposto de Renda, por mês, enquanto deveria pagar R$ 6,60. Isso é o fruto do não reajuste de 60% da Tabela do Imposto de Renda”, afirmou Delarue.

O sindicalista lembrou que existem diversas propostas que envolvem questões tributárias tramitando no Congresso Nacional, mas que, no entanto, não há, por parte do Parlamento, disposição para dar celeridade à discussão sobre o tema quando se trata de benefícios à população.

Delarue também falou sobre o andamento da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 283/13, conhecida como PEC dos jatinhos – que prevê a cobrança de IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) para jatinhos, helicópteros, lanchas e iates particulares – no Congresso Nacional.

“Nós fizemos as contas e descobrimos que a arrecadação do imposto pode representar R$ 2,7 bilhões por ano. Esse valor poderia ser, por exemplo, integralmente aplicado no transporte público”, argumentou o sindicalista.

Ao final da exposição, o presidente do Sindifisco respondeu perguntas dos dirigentes das entidades vinculadas à Contraf/CUT sobre questões relacionadas ao Imposto Justo e tributação. 

A reunião ocorreu na sede do Sindnações (Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Embaixadas, Consulados, Organismos Internacionais e Empregados que Laboram para Estado Estrangeiro ou para membros do Corpo Diplomático Estrangeiro no Brasil). 

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