Defasagem da tabela do IR continua repercutindo
O colunista Ilimar Franco, do jornal O Globo, chamou atenção para os cálculos do Sindifisco Nacional demonstrando o prejuízo que o cidadão amarga por conta da defasagem na tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física que já está em 66,4%. “Esse percentual foi obtido comparando-se o IPCA acumulado de 1996 a 2012 (189,54%) com a correção na tabela no mesmo período (73,95%)”, diz trecho da nota. Para o Sindifisco, a correção da tabela é uma questão de justiça tributária, uma das bandeiras de luta da entidade.
Estudo – Em 2011, a Diretoria de Estudos Técnicos do Sidifisco Nacional produziu um estudo sobre a defasagem na correção da Tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. De acordo com o material, o contribuinte é prejudicado com a correção da tabela do IR abaixo da inflação. Como o reajuste é historicamente defasado, é comum que um contribuinte isento de IR no ano anterior salte para a faixa imediatamente posterior no ano seguinte, passando a pagar o imposto simplesmente porque teve o salário corrigido pela inflação.
O Sindifisco também defende algumas medidas que possibilitam mais justiça tributária, como a incidência de imposto na distribuição de lucros e dividendos e de lucros enviados ao exterior; regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas e o pagamento de IPVA (Imposto sobre Veículos Automotores) para lanchas e aviões.