Coordenador de Dilma recebe estudo sobre sistema tributário
Após encontros com candidatos à presidência da República e com membros dos comitês de campanha do PSDB, PV e PSOL, em São Paulo, os representantes do Sindifisco Nacional finalizaram nesta quarta-feira (15/9), em Brasília, a agenda de entrega do estudo sobre o sistema tributário durante reunião com o coordenador executivo da campanha da candidata Dilma Rousseff (PT), Alessandro Teixeira.
Na ocasião, o presidente do Sindifisco, Pedro Delarue, e o 2º vice-presidente, Sérgio Aurélio Velozo Diniz, discorreram sobre os principais problemas que provocaram uma desigualdade tão evidente no país e reiteraram a praticidade na aplicação das propostas incluídas no estudo para o estabelecimento de uma isonomia tributária. “As nossas sugestões incluem a revisão de renúncias fiscais, a revogação da descriminalização da sonegação, além de mudanças no imposto que incide sobre o consumo”. Segundo Delarue, as propostas, juntas, renderiam aos cofres públicos R$ 43 bilhões.
“O assunto é importante e precisa ser discutido com a sociedade. Por isso, vamos distribuir exemplares do estudo para chamar a atenção dos que são mais impactados com a alta carga tributária, que são os mais pobres”, defendeu Sérgio Aurélio Velozo Diniz.
Alessandro Teixeira elogiou a iniciativa e afirmou que levará o documento ao conhecimento da candidata petista. “Vou passar para ela (Dilma), mas adianto que um de seus compromissos de campanha é o da racionalização tributária. Esperamos ser eleitos para fazer o debate com a população”, afirmou o coordenador-executivo da campanha.
Ele informou ainda que a coordenação irá analisar o texto para dar subsídio aos próximos debates eleitorais. O encontro também contou com a presença do presidente do CDS (Conselho de Delegados Sindicais), Ayrton Eduardo de Castro Bastos.
Sigilo Fiscal – Os sindicalistas aproveitaram a presença da imprensa para comentar a decisão do Ministério da Fazenda de anunciar medidas para aumentar a segurança dos dados fiscais dos contribuintes.
"Defendo que as pessoas politicamente expostas devem colocar seus dados a disposição dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Somos a favor, inclusive, de que os políticos tenham menos proteção e não sejam mais resguardados do que os outros contribuintes”, disse.
O sindicalista afirmou ainda que vai protocolar um ofício na RFB (Receita Federal do Brasil) colocando o sigilo fiscal dele e dos vice-presidentes do Sindifisco à disposição. “Nós que somos de certa forma pessoas politicamente expostas achamos que devemos satisfação à sociedade. E essa atitude seria um exemplo aos demais”, completou Delarue.