Arrecadação de dezembro cai, mas Governo fala em desonerar

O jornal O Estado de S. Paulo publicou ontem (20/01) a informação de que a arrecadação de dezembro sofreu uma redução de R$ 3,5 bilhões. Em janeiro deste ano, a RFB (Receita Federal do Brasil) já teria arrecadado R$ 600 milhões a menos do que o previsto. No período entre 20 de dezembro do ano passado a 10 de janeiro deste ano, o IR (Imposto de Renda) e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) apresentaram uma queda de 19,3%.
 Prevendo a queda na arrecadação, a equipe do Ministério do Planejamento pretende fazer um corte de R$ 26 bilhões no orçamento do Governo Federal deste ano, cuja previsão é de R$ 659,6 bilhões. Os cálculos da RFB, segundo a matéria, são mais pessimistas. O corte terá de ser maior para que as despesas se adéquem à previsão de receita.
Mais desonerações – Mesmo com toda essa previsão de redução de receitas, o Governo pretende desonerar ainda mais o setor produtivo. Também ontem, matéria do jornal Correio Braziliense informa que o presidente Lula pretende anunciar até o próximo dia 28 um pacote de medidas para ajudar os setores mais afetados pela crise mundial.
O presidente quer desonerar impostos e oferecer mais créditos para setores como a construção civil, automotivo, agricultura, calçadista e mobiliário, que estão demitindo em massa. Já está previsto, inclusive, a extensão do prazo de vigência da redução do IPI sobre o carro zero, previsto para acabar em março. O Governo também deve desonerar as compras de máquinas e equipamentos para empresas que se comprometam a ampliar o parque produtivo e criar empregos. Também vai reduzir a zero o IPI sobre insumos usados no setor agrícola.
É uma equação que será difícil de fechar: conseguir abrir mão de receita no momento em que o caixa já dá sinais de esvaziamento. Os Auditores-Fiscais continuarão trabalhando para que as metas de arrecadação sejam alcançadas, o que ajudará a diminuir os impactos da crise mundial na economia brasileira.
 

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