Correio publica matéria com dados que desmentem cálculos do Governo
“A resistência do governo em atender às reivindicações dos servidores públicos federais pode trazer drásticas consequências aos cofres da União”, afirma o Correio Braziliense em matéria publicada no caderno de Economia da edição de quarta-feira (11/6).
O texto, produzido com base na entrevista concedida pelo presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, na segunda-feira (9/7), comprova que os números apresentados pelo Governo em relação ao custo do reajuste dos servidores federais não batem com os números apresentados pelo próprio Ministério do Planejamento.
A matéria destaca que o Sindifisco contesta os argumentos do Governo para não conceder o reajuste linear de 22% pleiteado pela categoria e explica que, com base em dados do Boletim Estatístico de Pessoal, do Ministério do Planejamento, o Sindicato mostrou que a folha de salários da União é da ordem de R$ 197,4 bilhões. "Os gastos com os civis são de R$ 111,951 bilhões. Portanto, um reajuste linear de 22% seria de R$ 24,5 bilhões e não de R$ 60 bilhões. Não sabemos como o governo chegou a esses números", disse Pedro Delarue ao jornal.
A reportagem revela os percentuais que podem deixar de ser arrecadados com a realização das operações padrão e crédito zero. “A cada 24 horas, o Fisco deixa de receber menos R$ 150 milhões. Em um mês, serão R$ 4,5 bilhões. E, se contarmos todos os dias – desde 18 de junho, quando os auditores iniciaram o movimento, até 31 de julho, data em que o governo promete apresentar uma proposta aos grevistas -, o valor dos créditos tributários não recolhidos sobe para R$ 6,450 bilhões”.