Conquistas dos negros demonstram que determinação é a chave
Embora o movimento negro prefira comemorar o dia 20 de novembro – aniversário do líder quilombola Zumbi dos Palmares -, o dia 13 de maio sempre evoca o início da mudança na situação do negro no Brasil.
Por mais que tenha sido mera formalidade, foi a partir da assinatura da Lei da Abolição da Escravatura – a Lei Áurea –, em 1888, que para a história, o Brasil passou a enxergar os negros como seres humanos.
É bem verdade que a assinatura da Lei não impediu a continuidade da exploração e do desrespeito aos representantes da “raça “– se é que isso existe. Não é à toa que os negros ainda hoje enfrentam forte preconceito. Recentemente ganhou o noticiário nacional cenas de injúria em que um endocrinologista afirmou à funcionária de um cinema brasiliense que ela deveria estar na África tratando de orangotangos por ser negra.
Também não é à toa que a maior parte da população pobre seja negra e ainda receba os menores salários. Sem falar que discussões sobre a validade ou não de cotas raciais seriam inócuas se verdadeiramente todos os cidadãos brasileiros tivessem as mesmas oportunidades.
É por enfrentar todos esses obstáculos diariamente que o Sindifisco Nacional, por meio da Diretoria de Políticas Sociais e Assuntos Especiais, aproveita a data para render homenagem aos 97 milhões de negros (IBGE/2010) que são protagonistas da luta pela sobrevivência e pelo respeito a que têm direito. São causas como as defendidas por esses brasileiros, que nos mostram que, se a causa é justa, insistir sempre vale a pena.
Por isso, unimos-nos ao senador Paulo Paim (PT/RS) para comemorar vitórias em favor da Classe, agora no Judiciário, mas quem sabe no futuro em todos os setores. Confira o artigo escrito pelo senador exclusivamente para o site do Sindifisco.