Sindifisco Nacional é fruto de processo democrático
Nesta terça-feira (14/9), os Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) estão celebrando o primeiro ano do Sindifisco Nacional, sindicato criado para unificar a representação da Classe, após a fusão dos Fiscos. Mas para chegar até aqui, os Auditores promoveram um amplo debate acerca da estrutura da nova entidade, buscando garantir que a criação do novo sindicato não ignorasse a história de luta dos Auditores oriundos da Receita Federal e da Receita Previdenciária.
Essa história teve início no dia 22 de março de 2007, três dias após a sanção da Lei 11.457 – que determinou a fusão dos Fiscos -, quando os então presidentes do Unafisco Sindical, Carlos André Soares Nogueira, e da Fenafisp, Renato Albano Júnior, assinaram um protocolo de intenções a respeito do futuro da representação sindical da Classe.
“Reafirmamos que a representação sindical única é passo importante da organização de qualquer categoria e que o processo de criação de nova entidade sindical representante da categoria dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil será precedido de amplo debate e decisão democrática das duas categorias envolvidas e liderado pelas duas entidades, de comum acordo, respeitada a representatividade de cada uma”, afirmava o texto.
O presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, recorda que todas as etapas foram marcadas pelo respeito mútuo. “Apesar das diferenças entre as duas entidades, conseguimos com que toda a discussão fosse calcada na busca da melhor solução para ambas, e o resultado foi extremamente positivo”, avalia Delarue. “É claro que houve discordâncias durante os debates. Mas, nos dois anos de negociação, ficou evidente que todos nós buscávamos soluções que atendessem aos anseios de todos os envolvidos”, relembra o 1º vice-presidente do Sindicato, Lupércio Montenegro.
Embora a formalização da unificação só tenha ocorrido há um ano, desde setembro de 2007, os Auditores-Fiscais já atuavam de forma unificada. À época, a categoria iniciava as ações voltadas à campanha salarial que resultou em um dos movimentos mais vitoriosos das duas entidades. Paralelamente, a Classe levava adiante as tratativas de unificação da representação sindical.
Passada a campanha salarial, a unificação assumiu novamente lugar de destaque no rol de prioridades da categoria. Na Assembleia Nacional do dia 11 de setembro de 2008, Auditores-Fiscais de todo o país aprovaram a estrutura da nova entidade (sindicato de base nacional com representação única) e um cronograma para o processo.
De acordo com o calendário definido na oportunidade, entre novembro do mesmo ano e fevereiro de 2009, uma comissão receberia contribuições para a formulação do estatuto da nova entidade. Durante esse período, a Comissão recebeu 247 sugestões formuladas por Auditores-Fiscais de todas as regiões do país. No dia 6 de março do ano passado, a Comissão de Sistematização, criada para elaborar o documento, apresentou a minuta do estatuto. Seguindo o processo, a minuta recebeu novas contribuições e foi analisada mais cuidadosamente pelos filiados durante as assembleias.
De 13 a 18 de abril, Auditores-Fiscais estiveram reunidos no Congresso Unificado, oportunidade em que debateram e aprovaram a minuta do estatuto da nova entidade e o nome da representação unificada: Sindifisco Nacional.
Em maio, os Auditores-Fiscais das duas entidades, reunidos em Assembleia, deliberaram sobre o assunto e aprovaram a unificação. Era mais uma etapa vencida. Ainda no mesmo mês, foram feitas as adequações necessárias aos estatutos das Delegacias Sindicais e aberto o período de inscrição das chapas que concorreriam à diretoria do recém-criado Sindifisco Nacional.
Há um ano, a primeira DEN (Diretoria Executiva Nacional) do Sindifisco Nacional assumiu a entidade unificada. No grupo que inaugura a nova fase de representação da categoria – formado tanto por Auditores-Fiscais da base do Unafisco Sindical como da Fenafisp – restou o desfecho esperado: não só houve a unificação das entidades representativas, mas também a integração dos Auditores-Fiscais. Foi criado um sindicato forte e democrático que respeita o histórico de lutas de todos os seus filiados e as características particulares de cada um.
Ainda há muitos desafios a serem superados pelo novo Sindicato. Mas também há muitas certezas. Uma delas é que uma Classe coesa e ciente do seu valor pode muito. “Nós podemos muito, Auditores-Fiscais da RFB”!