Comando defende indignação da Classe
O CNM (Comando Nacional de Mobilização) indignado com a atual conjuntura de política salarial relembra à Classe as diversas categorias de trabalhadores que já iniciaram movimentos mais contundentes.
Todos que têm acompanhado os noticiários sabem que os bancários se encontram em greve desde terça-feira (27/9). Sem negociação e tampouco proposta, os banqueiros não deixam outra opção à categoria que não fosse a paralisação. Os donos de banco, que estão à frente de um dos setores mais lucrativos do país, têm todas as condições para apresentar uma proposta decente aos trabalhadores do setor. Assim como o governo, proprietário de bancos estatais gigantes (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), será cobrado a trazer dignidade a esta importante classe de empregados públicos.
A greve dos Correios, uma empresa estatal, completa duas semanas. Os Correios decidiram pagar um abono e um aumento a partir de janeiro. Porém, ainda existe um impasse, que é a ameaça do corte de ponto. Assim, a greve continua.
Os juízes, autoridades de Estado, também ameaçam iniciar um movimento paredista. A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) defende que a categoria faça uma paralisação para pressionar o governo a conceder reajuste salarial. Em nota, a entidade repudiou a decisão do governo de excluir do orçamento de 2012 a previsão de reajuste dos magistrados.
“Temos de tomar medidas corajosas, drásticas, para valer os nossos direitos; vamos fazer com que a Constituição seja respeitada, demonstrando que vivemos numa ordem de Estado de direito democrático legitimada pelo povo. Temos de ir à greve!”, afirmou o vice-presidente da Ajufe.
E no final das contas, os trabalhadores, tanto do setor público como do privado, revoltam-se contra um sistema capitalista que favorece apenas a concentração da renda. Os Auditores-Fiscais, autoridades de Estado responsáveis por sucessivos recordes na arrecadação federal, assistem ao arrocho salarial e, em contrapartida, desonerações e benesses concedidas aos detentores do grande capital.
Precisamos nos indignar!