Senadora Marina Silva defende a economia sustentável em evento

A última atividade do segundo dia do Colóquio Internacional “Tributação, Desenvolvimento, Infraestrutura e Sustentabilidade – Cenários para o Brasil da Próxima Década”, promovido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo, de 25 a 27 de novembro, foi uma palestra da pré-candidata do PV (Partido Verde) à presidência da República, senadora Marina Silva. 

Tendo a incumbência de falar sobre “Sustentabilidade, Desenvolvimento e Cidadania”, Marina Silva definiu sustentabilidade, como “a utilização de recursos naturais sem comprometer os direitos dos que ainda não nasceram. Tomamos a terra emprestada dos nossos filhos e netos. E, na tradição do meu pai, que − na década de 40, saiu do Ceará para ser soldado da borracha do Acre − quando tomamos algo emprestado, temos de devolvê-lo melhor do que recebemos”, afirmou.
Na opinião da senadora, a humanidade não pode permitir que o desvio causador da crise climática leve o planeta Terra ao abismo. Para continuar a crescer no futuro, a sociedade terá de reduzir, na atualidade, a emissão de gás carbônico. “Desenvolvimento e meio-ambiente fazem parte da mesma equação. E, para fechá-la, temos de usar as energias renováveis”, defendeu.
Marina Silva afirmou que tinha planejado falar sobre questões tributárias e meio ambiente, como a criação de imposto verde, mas preferiu centrar sua participação na defesa do desenvolvimento sustentável, o qual, segundo ela, é uma categoria historicamente determinada, que tem de ser construída. Essa construção, segundo ela, passa por um novo comportamento ético. “O político, por exemplo, deve se sustentar não pelo discurso, pelo que diz, mas pelo exemplo, pelo que faz”, argumentou.
Ela elogiou o formato do Colóquio, por reunir pessoas com pensamentos diferentes para debater questões fiscais. “A democracia pressupõe o diálogo, capaz de transformar boas idéias em políticas públicas”, afirmou.

O Colóquio está sendo realizado pelo NEF (Núcleo de Estudos Fiscais) da FGV, que tem o objetivo de estudar e apresentar propostas para as questões tributárias brasileiras. O Sindifisco Nacional é parceiro do NEF e patrocinador do evento.

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